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Elizabeth Montgomery, a Feiticeira que amamos!


A atriz Elizabeth Montgomery ficou eternizada como a adorável feiticeira Samantha na série clássica A Feiticeira (Bewitched, 1964-1972).


Elizabeth Victoria Montgomery nasceu em Los Angeles, em 15 de abril de 1933. Filha dos atores Robert Montgomery e Elizabeth Allen, ela cresceu como uma filha de astros de Hollywood, passando o verão em casas de campo e montando a cavalos ao lado de filhos de outros artistas.

A jovem Elizabeth Montgomery com seus pais

A primeira vez em que Elizabeth Montgomery atuou foi na escola, aos cinco anos de idade, mas sua estreia profissional como atriz foi na série de seu pai, Robert Montgomery Presents, em 1951.

Em 1954 ela chegou a ser cotada para atuar no filme Sindicato de Ladrões (On The Waterfront, 1954), de Elia Kazan, mas perdeu o papel para Eva Marie Saint, que acabou ganhando um Oscar por seu desempenho.

Sua estreia no cinema ocorreu em Seu Último Comando (The Court-Martial of Billy Mitchell, 1955), de Otto Preminger. Elizabeth interpretava uma jovem viúva que depõe como testemunha em um histórico tribunal militar.

 Elizabeth Montgomey e Gary Cooper em Seu Último Comando

Mas apesar do sucesso no cinema, a atriz só conseguiu novos trabalhos na televisão, em séries como Caravana (Wagon Train), Alfred Hitchcock Apresenta (Alfred Hitchcock Presents), The Tab Hunter Show e Além da Imaginação (The Twilight Zone).

 Charles Bronson e Elizabeth Montgomery em Além da Imaginação


Em 1954 ela havia se casado com o milionário Frederic Gallatin Cammann, mas o casamento durou pouco mais de um ano. Em 1956 ela voltou a se casar, desta vez com o ator Gig Young, mais lembrado por seu papel como o mestre de cerimônias em A Noite dos Desesperados (They Shoot Horses, Don't They?, 1969), que lhe deu um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

Young era 20 anos mais velho que Elizabeth, que tinha 23 anos na época em que se casou. O ator era alcóolatra, e era um marido abusivo, que frequentemente espancava a jovem esposa. Robert Montgomerey, um ator respeitado e que havia trabalhado com Young na década de 40 precisou intervir, ameaçando Young caso ele não assinasse o divórcio com sua filha, o que ocorreu em 1963.

Em 1978  acabou matando sua quinta esposa, a atriz alemã Kim Schidt, cometendo suicídio logo em seguida.

Elizabeth Montgmery e Gig Young

Após se divorciar de Gig Young em 1963, Elizabeth retornou ao cinema no suspense O Mensageiro da Vingança (Johnny Cool, 1963). O filme era dirigido pelo produtor William Asher, com quem a atriz acabou se casando no final de 1963.

Ainda em 1963 a atriz estrelou a comédia Quem Anda Dormindo em Minha Cama? (Who's Been Sleeping in My Bed?, 1963), ao lado do ator Dean Martin. O filme lembrava o estilo das comédias inocentes de Doris Day e Rock Hudson.

Dean Martin e Elizabeth Montgomery em Quem Anda Dormindo em Minha Cama?

Em 1964 William Asher começou a produzir uma série de televisão para o canal ABC. O canal queria a atriz Tammy Grimes para o papel principal, mas a atriz recusou o trabalho após ler o roteiro. Asher então convenceu a emissora a dar o papel de Cassandra Stephens para sua esposa, e rebatizou a personagem como Samantha, na série A Feiticeira (Bewitched, 1964-1972).

Ao protagonizar A Feiticeira, Elizabeth Montgomery teve que recusar o convite de Alfred Hitchcok para atuar em Marnie, Confissões de Uma Ladra (Marnie, 1964).


Dick York, Agnes Morehead e Elizabeth Montgomery em A Feiticeira



A série fez um enorme sucesso, e deu a Montgomey cinco prêmios Emmys e quatro indicações ao Globo de Ouro, e até hoje é uma das séries mais famosas da história da televisão.

Junto com o marido, Elizabeth ajudou a criar a personagem de Samantha ao longo dos anos. Foi ela também quem convenceu Agnes Morehead, uma veterana dos palcos e do cinema a aceitar o papel de Endora.

Durante os anos em que gravava A Feiticeira, Elizabeth engravidou três vezes, na primeira vez sua gravidez foi disfarçada, mas depois ela apareceu grávida na série, o que justificou o nascimento de seus filhos Tabatha e Adam. Erin Murphy, a atriz que interpretou Tabatha (Thabita, no original em inglês), gostava tanto de Elizabeth que batizou uma filha em sua homenagem.


Em 1969 o ator Dick York precisou deixar a série devido a graves problemas de coluna (leia está história aqui), e foi substituído pelo ator Dick Sargent, mas isto não afetou a audiência da série, que ainda durou mais três temporadas.

Eventualmente, Elizabeth Montgomery também interpretava sua prima Serena, uma espécie de vilã na série.

 Elizabeth Montgomery como a prima Serena

A popularidade da personagem Samantha era tanta, que ela estrelou diversas campanhas publicitárias, geralmente a produtos destinados a donas de casa. Samantha também apareceu no telefilme On the Run (1965) e no desenho Os Flintstones.

 James e Samantha em Os Flintstones

Em 1965 a atriz também interpretou uma feiticeira, com direito a mexer o nariz em Como Rechear um Biquini (How to Stuff a Wild Bikini, 1965), um dos filmes da "Turma da Praia", estrelado por Annette Funicello, e dirigido por William Asher.

No final da oitava temporada, Elizabeth se apaixonou pelo diretor Richard Michaels, e deixou Asher para ir morar com ele. O estúdio havia oferecido carta branca para uma nova temporada, mas a atriz recusou-se a renovar o contrato, buscando novos trabalhos como atriz.

No Brasil, A Feiticeira estreou na TV Paulista em 1965, sendo posteriormente exibida em outras emissoras, como TV Paulista, TV Excelsior, TV Record, TV Bandeirantes e TV Globo. A atriz Rita Cléos era quem dublava Elizabeth Montgomery.

Após o fim de A Feiticeira, Elizabeth recebeu um oferta lucrativa para estrelar uma série de anúncios publicitários feitos no Japão, e acabou morando no país por uns meses.

Ela retornou aos Estados Unidos em 1972, onde estrelou o telefilme The Victim (1972). Montgomery nunca mais retornou ao cinema, mas tornou-se uma espécie de rainha dos filmes feitos pela televisão. Ela recebeu excelentes críticas por seu desempenho O Julgamento de Lizzie Borden (The Legend of Lizzie Borden, 1975). O filme mostrava a história real de uma jovem rica acusada de matar seu pai e a madrasta a machadadas em 1892, um dos crimes mais famosos da história dos Estados Unidos.

Elizabeth Montgomery em O Julgamento de Lizzie Borden

A atriz, eternizada como a doce feiticeira que abria mão de seus poderes para viver uma vida normal como esposa e mãe, encarnou diversas assassinas, psicopatas e mulheres frias nos telefilmes que fez nos anos seguinte, tentando se desenvencilhar da imagem de Samantha Stevens.

A atriz também recebeu elogios da crítica como a enfermeira de Kirk Douglas em Amos (Idem, 1985).

Pat Morita, Kirk Douglas, Dorothy McGuire e Elizabeth Montgomery em Amos

Em 1992, ao descobrir que tinha uma doença terminal, o ator Dick Sargent, o segundo ator a interpretar James em A Feiticeira, revelou ao mundo que era homossexual. O ator foi muito criticado por sua revelação, mas acabou sendo homenageado pela Parada Gay de Los Angeles daquele ano. Elizabeth pediu a organização para desfilar ao lado do amigo no carro aberto durante o evento, para apoiá-lo.

Dick Sargent e Elizabeth Montgomery desfilando na Parada Gay de 1992

Em 1995 Elizabeth Montgomery fez seu último telefilme, vivendo a jornalista criminal Edna Buchanan em Deadline for Murder: From the Files of Edna Buchanan (1995).


Na primavera de 1995, a atriz foi diagnosticada com câncer colo-retal. Ela havia ignorado os sintomas da doença, semelhantes aos de uma gripe, permitindo assim, que o quadro ficasse avançado demais, para possibilitar a eficácia de qualquer tratamento. Não estando disposta a morrer em um hospital, e sem qualquer esperança de recuperação, ela optou por retornar à casa em que morava com seu quarto marido, o ator Robert Foxworth, em Beverly Hills.

A atriz faleceu apenas oito semanas após descobrir a doença, em 18 de maio de 1995, com apenas 62 anos de idade. O músico Herbie Hancock tocou em seu funeral.

Em 2005 a cidade norte-americana de Salem, famosa por queimar mulheres acusadas bruxaria em 1662, inaugurou uma estátua de Elizabeth Montgomey como Samantha, sua personagem mais famosa.

Estátua de Elizabeth Montgomery, em Salem




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5 Comentários

  1. Linda e maravilhosa atriz ... Na semana de 26 a 30 de Novembro de 2012, foi lançada nos EUA uma nova biografia da atriz Elizabeth Montgomery, a intérprete de "A Feiticeira". Escrita por Herbio Pilato, fã da série que se tornou amigo de Elizabeth, o livro recebeu o título de "Twitch Upon A Star". Pilato já tinha publicado dois livros sobre a produção de "A Feiticeira", os quais trazem dados biográficos da atriz. Mas em nenhum deles foram mencionados os detalhes que aparecem nesta nova biografia de Elizabeth (a atriz já tinha ganho uma biografia em 2005, com o livro "Elizabeth Montgomery: a Bewitching Life", de Rita E. Piro).

    O primeiro marido de Elizabeth foi o aspirante a produtor Frederic Gallantin Cammann, dez anos mais velho que ela. Os dois se separaram quinze meses depois. Ele queria que Elizabeth largasse a carreira e se tornasse uma dona de casa e mãe. Em 1957 ela se casou com o ator Gig Young, 25 anos mais velho. O casamento acabou seis anos depois porque Gig era alcoólatra. Pilato acredita que, nesta época, a atriz era vítima de violência doméstica. O terceiro marido de Elizabeth foi o produtor William Asher, doze anos mais velho, com quem Elizabeth teve três filhos. O casamento durou o período de produção da série "A Feiticeira". Neste meio tempo, os dois teriam mantido relações extraconjugais. Segundo Pilato, em 1971 Elizabeth se envolveu com Richard Michaels, roteirista, diretor e produtor da série, que também era casado. A atriz encontraria estabilidade com o ator Robert Foxworth que, ao contrário dos demais, era oito anos mais novo que Elizabeth. Eles se conheceram em 1973, durante a produção de "Sra. Sundance", piloto de série que não foi aprovada pela rede ABC. Os dois viveram juntos por vinte anos antes de se casarem em 1994. Elizabeth e Robert ainda estavam casados quando ela faleceu em 1995, vítima de um câncer colorretal.

    Segundo Pilato, o pai de Elizabeth estava consciente da dependência emocional da filha por ele. Robert teria recusado o convite de Elizabeth para interpretar seu pai em "A Feiticeira", papel que ficou com Maurice Evans. Quando ela estrelou o filme "A Lenda de Lizzie Borden/The Legend of Lizzie Borden", no qual interpreta uma mulher acusada de assassinar os pais, Robert teria dito à filha acreditar que ela seria capaz de matá-lo. Segundo Pilato, Robert considerou o filme como uma mensagem para ele.

    O livro também revela que Elizabeth não gostava de ser lembrada por "A Feiticeira" e não se relacionava bem com Dick York, o primeiro ator que interpretou seu marido. Isto porque, segundo Pilato, Elizabeth sabia que Dick estava apaixonado por ela, o que a deixava em uma situação desconfortável, já que ela era casada com o produtor da série. Com isso, a intérprete de Samantha também não tinha um bom relacionamento com Agnes Moorehead, que fazia Endora, sua mãe na série. Agnes era amiga de Dick e não gostou de vê-lo substituído por Dick Sargent, a quem ela teria destratado várias vezes, a ponto de levá-lo às lágrimas em certa ocasião.

    Na entrevista ao jornal britânico, a imagem que Pilato passa de Elizabeth é de uma mulher carente e triste, o que reforça os comentários feitos por outros atores que a conheceram. Em entrevistas concedidas ao longo dos anos, Sally Field e Barbara Eden (que dividiram o camarim com a atriz na época em que estrelavam as séries "Gidget" e "Jeannie é um Gênio", todas produzidas pela Columbia Pictures) disseram que Elizabeth era uma mulher que não gostava de conversar e frequentemente chegava ao estúdio mal humorada. Pilato diz que, no leito de morte, Elizabeth pediu para ficar sozinha no quarto, pois não queria que ninguém a visse quando ela partisse.

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    1. Triste saber de tudo isso, mas legal postar, temos a ilusão de que a vida de pessoas assim são perfeitas, desumaniza a atriz, no caso. Ela foi demais assim mesmo

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  2. Que que história a. Dela....na verdade é um filme real 😳

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  3. Michael Carvalho Silva26 de junho de 2022 às 22:44

    Elizabeth Montgomery, a eterna e lindíssima Feiticeira Samantha consagrada merecidamente como um dos maiores e mais estonteantes símbolos sexuais artísticos e mundiais de todos os tempos.

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