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Lily Renée, sobrevivente do Holocausto e pioneira das histórias em quadrinhos morre aos 101 anos de idade



Morreu no dia 24 de agosto a desenhista Lily Renée, uma das primeiras mulheres a trabalhar na indústria das histórias em quadrinhos. Sua morte, aos 101 anos de idade, entretanto, só foi divulgada no dia 14 de setembro.

Nascida em Viena, em 1921, Renée era judia, e aos 17 anos de idade conseguiu fugir antes de ser embarcada em um trem que a levaria para um campo de concentração nazista. Lily Renée foi primeiro para à Inglaterra, e depois para os Estados Unidos, onde mais tarde reencontrou seus país, que haviam sobrevivido ao campo de concentração.

Desde a infância ela gostava de desenhar, e começou a desenhar catálogos publicitários para sobreviver na América, ganhando 50 centavos por hora. Mas em 1943 viu um anúncio da editora de quadrinhos Fiction House, que procurava mulheres desenhistas, já que a maioria dos homens estava lutando na Segunda Guerra Mundial.

A editora também empregou na mesma época Nina Albright (1907-1997) e Fran Hooper (1922-2017). Lily Renée era desenhista, mas assinava com o nome L. Renée, para que o público pensasse que ela era um homem. Também usou o pseudônimo F.E. Lincoln.

Seus principais trabalhos na editora foram nas histórias das heroínas Señorita Rio e Jane Martin. Nos quadrinhos, a personagem Señorita Rio era a identidade secreta da atriz brasileira Rita Farrar, que era uma estrela de Hollywood durante o dia, e matava nazistas a noite.




Em 1948 a editora Fiction House deixou Nova York, e Lily Renée passou a trabalhar com outras editoras, e foi uma das desenhistas das histórias de Abbout e Costello. Renée foi casada com o quadrinista Eric Peters, que também era um refugiado austríaco.

Em 2005 a historiadora de quadrinhos Trina Robbins redescobriu sua história, e transformou a vida de Renée em uma graphic novel. E em 2007 Lily Renée foi homenageada pela Comic Con de São Francisco.










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