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Por Onde Anda? A Atriz Jill St. John




Por Diego Nunes



Presença marcante nos filmes das décadas de 1960, Jill St. John representou diversos papéis em comédias leves, que na maioria das vezes exploravam apenas a beleza desta ruiva voluptuosa, cujo talento artístico foi pouco aproveitado pelos diretores.

Muitas vezes escaladas para papéis de mocinhas ingênuas, Jill tem um QI de 162, e entrou para a faculdade com apenas 14 anos de idade, embora tenha largado o curso universitário para se dedicar a sua carreira de atriz.



Jill Arlyn Oppenheim nasceu em Los Angeles, em 19 de agosto de 1940. Desde muito jovem ela foi estimulada por sua mãe a se tornar uma estrela de cinema, e aos cinco anos de idade ela já estava trabalhando no rádio. Ainda criança, estudou balé, sendo colega de turma de Natalie Wood e Stefanie Powers.

Aos sete, ela já estava trabalhando na televisão, e em 1948 atuou em The Christmas Carol (1948), o primeiro filme feito para a televisão norte-americana.


Jill St. John em The Christmas Carol

Ainda usando o nome de Jill Oppenheim, ela estreou no cinema no filme Uma Aventura na Índia (Thunder in the East, 1952). No ano seguinte, sua mãe mudaria seu nome para Jill St. John, e submeteu a filha a uma plástica no nariz, para fotografar melhor no cinema.

Extremamente inteligente, Jill ingressou na faculdade com apenas 14 anos de idade, mas não concluiu seus estudos devido aos compromissos de atriz, trabalhando muito (nesta época), na televisão.

Com dezesseis anos ela assinou seu primeiro contrato com um grande estúdio, a Universal. O estúdio a escalou como uma das atrizes de apoio em Estação do Amor (Summer Love, 1957), estrelado por John Saxon, um novo astro da Universal.


Jill St. John e John Saxon em Estação do Amor

Seu filme foi a comédia Tudo Azul Com o Barba Azul (The Remarkable Mr. Pennypacker, 1959). E seriam nas comédias leves e inocentes que Jill St. John foi mais aproveitada durante em sua carreira.

Ela esteve também em Amantes em Férias (Holliday For Lovers, 1959), que mostrava turistas americanos de férias no Brasil, na cidade de São Paulo. Mas o elenco não chegou a gravar cenas por aqui. A produção de Amantes em Férias gravou imagens na cidade, e mais tarde os artistas foram inseridos em São Paulo através do uso do chroma key.


Jill St. John, Clifton Webb, Jane Wyman e Carole Linley em Amantes em Férias

E embora fosse uma atriz talentosa, ela nunca foi uma estrela disputada pelos produtores de elenco, geralmente sendo escalada para papéis que exigiam pouco ou nada além de sua beleza graciosa para enfeitar as telas.

A atriz também atuou em O Mundo Perdido (The Lost World, 1960), Em Roma na Primavera (The Roman Spring of Mrs. Stone, 1961), Suave é a Noite (Tender is the Night, 1962), Quem Anda Dormindo em Minha Cama? (Who's Been Sleeping in My Bed?, 1963), Só Para Casais (Honeymoon Hotel, 1964).

Nesta época, seus filmes mais importantes foram O Bem Amado (Come Blow Your Horn, 1963), ao lado do seu então namorado Frank Sinatra, e a comédia Errado Pra Cachorro (Who's Minding the Store?, 1963), onde contracenou com Jerry Lewis.


Frank Sinatra e Jill St. John em O Bem Amado

Jill St. John e Jerry Lewis em Errado Pra Cachorro

Mas na década de 1960 a imprensa parecia mais interessada em sua vida pessoal, do que em seu filmes. Estrela do jet-set internacional, seus relacionamentos amorosos estampavam as páginas de revista, que falavam mais de seus namorados do que de seus papéis cinematográficos. Jill St. John namorou nomes como Frank Sinatra, Jack Nicholson, Roman Polanski, Sammy Cahn, Michael Caine, Warren Beatty, Oleg Cassini, Glenn Ford, Peter Lawford, George Lazenby, Trini López, Alejandro Rey, Tom Selleck, Robert Vaughn, Adam West, e até o político Henry Kissinger.

Outro namorado famoso da atriz foi o playboy brasileiro Baby Pignatari.


Baby Pignatari e Jill St. John

Henry Kissinger e Jill St. John

Ela também colecionava casamentos, tendo contraído matrimônio com o herdeiro Neil Dublin (entre 1957-1958), o piloto Lance Reventlow (entre 1960 e 1963) e o cantor Jack Jones (entre 1967 e 1969).

Jill St. John deixou de lado os papéis de ingênuas, investindo mais na imagem de femme fatale, em filmes como Assassinato por Encomenda (The Liquidator, 1965), Confidências de Hollywood (The Oscar, 1966), O Pirata do Rei (The King's Pirate, 1967) e Tony Rome (Idem, 1967), onde novamente contracenou com Frank Sinatra.


Frank Sinatra e Jill St. John em Tony Rome

A atriz também contracenou com Bob Hope em Um Viúvo do Barulho (Eight on the Lam, 1967), e o sucesso do filme fez com que ela participasse de diversos especiais do comediante na televisão nos anos seguintes.  Esses programas eram tão famosos, que a dupla chegou a ser retratada no desenho Os Simpsons, em 1998.


Jill St. John e Bob Hope em Um Viúvo Trapalhão


Jill St. John e Bob Hope em Os Simpsons

Em 1967 Jill atuou em Um Homem em Leilão (Banning, 1967), o primeiro dos muitos filmes que fez ao lado do ator Robert Wagner. No mesmo ano a dupla contracenaria também em Roleta Russa (How I Spent My Summer Vacation, 1967).


Robert Wagner e Jill St. John em Um Homem em Leilão

Eles contracenariam juntos ainda em outros cinco filmes ao longo dos anos, além de atuarem juntos em um episódio de Casal 20 (Hart to Hart), e em 1990 os romances das telas viraram vida real, quando Jill St. John se casou com Robert Wagner.

No final da década de 1960 os papéis no cinema diminuíram, e Jill passou a ser vista mais na televisão. Mas em 1971 ela ficou eternizada como a tentadora Tiffany Case, uma Bond Girl mais madura em 007 - Os Diamantes São Eternos (Diamonds are Forever, 1971). A atriz entrou para a história como a primeira norte-americana a interpretar uma Bond Girl.


Jill St. John em Batman


Sean Connery e Jill St. John em 007 - Os Diamantes São Eternos


No filme, Jill também contracenava com Lana Wood, irmã da atriz Natalie Wood, e futura esposa do ator Robert Wagner. Porém, tanto Lana quanto Jill tiveram um envolvimento amoroso com Sean Connery durante as filmagens, criando uma inimizade entre as atrizes.

Em 1999, durante um evento da celebração de aniversário do filme 007 - Os Diamantes São Eternos, Jill se recusou a tirar fotos ao lado de Lana Wood.

Em 1972, após estrelar O Sanguinário (Sitting Target, 1972), a atriz passou a ser menos vista nas telas do cinema. Jill St. John alegou que estava entediada do cinema, e começou a atuar com menos frequência, aparecendo principalmente na TV.

Jill St. John passou a dedicar-se a culinária (seus pais eram donos de um restaurante). Ela escreveu livros de receitas, e teve quadros em programas de televisão onde ensinava o público a fazer algumas de suas receitas preferidas, tornando-se então uma bem sucedida culinarista.




Eventualmente, ela atuou em alguns telefilmes, como Brenda Starr (Idem, 1976), onde encarnou a intrépida repórter que surgiu nas página dos quadrinhos, e que teria inspirado a criação da Lois Lane.

Ela também atuou no episódio piloto da série Casal 20 (Hart to Hart), em 1979. A série era estrelada por Robert Wagner e sua antiga colega de balé Stefanie Powers, e o programa piloto também contou com a presença de Natalie Wood, que na época era casada com Wagner.

Ainda na TV, ela reencontrou Robert Wagner novamente em Around the World in 80 Days, uma minissérie produzida em 1989.



Jill St. John só retornou ao cinema no filme policial Confidências de Uma Prisioneira Americana (The Concrete Jungle, 1982). No ano seguinte, também esteve no elenco de The Act (1983).


Jill St. John em Confidências de Uma Prisioneira Americana

Em 1990 Jill St. John e Robert Wagner se casaram. A atriz nunca teve filhos, mas passou a ter uma boa relação com sua enteada, filha de Wagner com Natalie Wood.

Os dois haviam se conhecido na década de 1950, nos bastidores dos estúdios da Fox, onde ambos eram contratados.


Robert Wagner e Jill St. John em 1990

Já casada, Jill apareceu como ela mesma no filme O Jogador (The Player, 1992), ao lado de seu novo marido. Quase todos os seus filmes seguintes seriam ao lado de Robert Wagner. São eles: Something to Belive (1998), The Calling (2002) e Polo Norte (Northpole, 2014), seu último trabalho como atriz.

Sem Wagner, ela fez apenas mais um filme, A Viagem (The Trip), em 2002. Na TV, também fez uma participação marcante na série Seinfeld, em 1997, também ao lado de seu marido.


Jill St. John e Robert Wagner em Seinfeld

Jill st. John e Robert Wagner (de Mamãe e Papai Noel) no filme Polo Norte


Jill St. John e Robert Wagner atualmente


Jill St. John e Robert Wagner em foto publicitária da Fox, em 1958





Veja também: Tributo a Rita Moreno






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