Faleceu na noite no dia 30 de outubro um dos mais respeitados profissionais do cinema brasileiro, o pesquisador, montador, escritor e professor de cinema Máximo Barro. Ele havia completado 90 anos em abril, e sua morte foi divulgada pela sua filha, através das redes sociais.
Nascido em São Paulo, a 13 de abril de 1930, no bairro paulistano do Bom Retiro, professor Máximo era filho de um gráfico e de uma dona de casa que, segundo ele mesmo, formou toda sua cultura cinematográfica no Cine Lux, na Rua José Paulino, que apresentava os filmes depois de cinco ou seis meses de seus lançamentos no centro da cidade.
Trabalhou em mais de 50 filmes como montador (sua principal atividade), com seu primeiro longa Se a Cidade Contasse (1953), estrelado por Eva Wilma e John Herbert. Ele colaborou com frequência com diretores nacionais como Mazzaropi, José Mojica Marins, Walter Hugo Khouri, Ozualdo Candeias, Rubem Biáfora, Silvio de Abreu, Fernando de Barros, Rodolfo Nanni e Alfredo Sternheim, entre muitos outros.
Máximo foi editor de quase 50 filmes, como o clássico Cléo e Daniel (1970), e trabalhou em diversos filmes de Mazzaropi, como Zé do Periquito (1960), O Corintiano (1967) e O Jeca e a Freira (1969). Pesquisador, era um grande nome na preservação do cinema brasileiro, tendo escrito diversos livros sobre o tema, além de dar aulas de cinema na FAAP.
Sua biografia, Máximo - Uma Vida de Cinema, foi escrita pelo cineasta Alfredo Sternheim.
1 Comentários
Que tristeza! Sem dúvida uma perda para o cinema nacional. Deixou uma contribuição inesquecível. Que vá em paz.
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