Mary Pickford (1892-1979) foi uma das maiores estrelas do cinema nos tempos do cinema mudo. E em 1933 ela quase estrelou uma versão de Alice, no País das Maravilhas, produzida por Walt Disney.
Mary Pickford
O projeto era uma produção ambiciosa, que misturava atores reais com animação, e outros personagens feitos com bonecos (stop motion), feito em cores, através do processo do Technicolor. A técnica já era usada há alguns anos, mas só seria empregada com sucesso a partir de O Jardim de Alá (The Garden of Allah, 1936), estrelado por Marlene Dietrich.
A atriz fez testes de figurinos, e chegou a filmar algumas cenas do longa-metragem, onde contracenaria com o camundongo Mickey, a criação mais famosa de Disney.
Walt Disney era obcecado pela história, escrita por Lewis Carroll, em 1865. E entre 1923 e 1927 já havia produzido uma série de filmes chamada Alice in Cartoonland, onde a atriz Virginia Davis contracenava com desenhos animados, numa técnica pioneira no cinema. Davis foi a primeira estrela do estúdio.
Já Pickford, seria a primeira estrela em um longa-metragem de Disney.
Virginia Davis
Porém, com a produção iniciada, a Paramount acabou lançado, também em 1933, o longa Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, 1933), estrelado por Charlotte Henry. Com a história já fazendo sucesso nas salas de cinema, Walt Disney abandonou o projeto.
Com Alice, de Disney, engavetado, o estúdio começou a produzia a animação Branca de Neve e os Sete Anões (Snow White and Seven Darfs, 1937).
Gloria Henry, a Alice da Paramount
Também em 1933, após estrelar Segredos (Secrets, 1933), um dos poucos filmes falados no qual atuou, Mary Pickford abandonaria o cinema. Em 1950 ela chegou a ser convidada por Billy Wilder para retornar às telas, interpretando Norma Desmond em Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, 1950), mas recusou o convite, e o papel ficou para Gloria Swanson.
Em 1951 Disney retomaria a ideia de produzir Alice, desta vez em forma de longa-metragem de animação. O filme fez muito sucesso, e hoje considerado clássico, é uma das versões mais famosas da obra, adaptada para as telas cinematográficas.
Em tempo, a primeira adaptação do livro para o cinema ocorreu em 1903, e tinha a atriz Mae Clark como estrela.
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