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Francisco di Franco, o eterno Jerônimo, o Herói do Sertão


Francisco di Franco atuou em diversos filmes brasileiros, e foi um dos modelos mais bem sucedidos de sua época. E embora tenha atuado pouco em televisão, fez um enorme sucesso na pele de Jerônimo, o Herói do Sertão.



Francisco de Sousa Neto nasceu em São Paulo, em 07 de maio de 1938. Seu pai era dono de um açougue, e desde pequeno Francisco já trabalhava como carregador, ajudando o pai. Ele também foi mecânico, taxista, estoquista, motorista de caminhão antes da fama.

Muito bonito e atlético, Francisco praticava natação, judô e ciclismo, e foi vice campeão paulista de ciclismo em 1954. Muito bonito, começou a trabalhar como modelo, e chegou a fazer mais 120 comerciais, inclusive para serem transmitidos no exterior.

O trabalho em publicidade também o levou para as fotonovelas, onde foi um dos astros do gênero na década de 1970.


Francisco di Franco em fotonovela


Foi Mazzaropi que o transformou em ator, quando o escalou para atuar no filme Jeca Tatu (1959). Com Mazzaropi ele ainda faria As Aventuras de Pedro Malazartes (1960), Tristeza do Jeca (1961), O Vendedor de Linguiça (1962) e O Lamparina (1964). Em alguns destes trabalhos, também foi assistente de produção.


Marlene França e Francisco di Franco em Jeca Tatu

Nesta época, começou também a fazer pequenas figurações na televisão, e foi o príncipe encantado no programa Jardim Encantando Antártica (1964), dirigido por Vicente Sesso, na TV Tupi.

Mas foi no cinema onde ele encontrou mais trabalho, atuando em diversos filmes nos anos seguintes. Di Franco atuou ainda em As Cariocas (1966), O Corpo Ardente (1966), O Quatro (1968), Meu Nome é Lampião (1969), O Cangaceiro Sem Deus (1969), Sentinelas do Espaço (1969), Balada dos Infiéis (1970), Juliana do Amor Perdido (1970), O Pornógrafo (1970), Sertão em Festa (1970), Cordélia, Cordélia (1971), Os Devassos (1971), Pantanal de Sangue (1971), Quando as Mulheres Paqueram (1971) e Uma Verdadeira História de Amor (1971).


Francisco di Franco em Cordélia, Cordélia


Francisco já era um nome bem famoso entre o público quando foi escolhido pelo lendário cineasta Anselmo Duarte para viver o Capitão Rodrigo Cambará no filme Um Certo Capitão Rodrigo (1971), baseado no livro O Tempo e o Vento, de Érico Verissimo. O filme fez um grande sucesso na época, e por muitos anos foi exibido nas escolas devido a importância literária. Por este trabalho, ele foi agraciado com o Prêmio Governador do Estado.

No ano seguinte faria outro filme brasileiro usado como material didático, Independência ou  Morte (1972). 

Francisco di Franco em Um Certo Capitão Rodrigo

E foi em 1972 que ele conquistou a televisão, interpretando o detetive Galieu na novela Bandeira 2 (1972), na Rede Globo.


Francisco di Franco, Milton Moraes, Sebastião Vasconcellos e Antero de Oliveira em Bandeira 2

Mas foi na sua novela seguinte, feita na Tupi, que Francisco di Franco alcançou o estrelato, no papel de Jerônimo, o Herói do Sertão. A novela foi produzida em 1972, e era baseada em um antigo programa de rádio (que já havia virado também história em quadrinhos), criado por Moisés Weltman, em 1953.

Di Franco era Jerônimo, e Canarinho era seu fiel companheiro Moleque Saci, e Eva Christian era a Aninha. A novela fez um enorme sucesso na época.


Eva Christian, Canarinho e Francisco di Franco em Jerônimo, o Herói do Sertão




Curiosamente, ainda em 1972 foi produzido um filme sobre o herói Jerônimo, mas tendo o ator Adolpho Chadler no papel principal.




Na Tupi ele ainda participou das novelas Ovelha Negra (1974) e A Viagem (1975-1976). 


Francisco di Franco e Cleyde Yaconis, em Ovelha Negra


Eva Wilma e Francisco di Franco em A Viagem

Mas ainda era o cinema onde Francisco mais trabalhava, tendo feito ainda Um Anjo Mau (1972), Um Marido Sem... É Como Um Jardim Sem Flores (1972), Noiva da Noite: O Desejo de 7 Homens (1974), O Marginal (1974), O Supermanso (1975), A Última Bala (1976), A Força do Sexo (1978), As Aventuras de Robinson Crusoé (1979), As Borboletas Também Amam (1979), Iracema, A Virgem dos Lábios de Mel (1979), As Mulheres do Cais (1979), Os Três Boiadeiros (1979), Paixão de Sertanejo (1979) e Boneca Cobiçada (1980).

O ator também fez algumas participações na televisão, em programas como Caso Especial e Carga Pesada, e fez muitos quadros de humor no programa Os Trapalhões, com quem também atuou em O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977).


Francisco di Franco e Rossana Ghessa em Um Marido Sem... É Como Um Jardim Sem Flores

Fátima Freire e Francisco di Franco em Paixão de Sertanejo


Monique Lafond e Francisco di Franco em frente ao cartaz de O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão

Nas telonas também atuou em Os Pankekas e o Calhambeque de Ouro (1980), Os Trombadinhas (1980), O Sexo e as Pipas (1981), Tessa, a Gata (1982), Anúncio de Jornal (1984), O Filho Adotivo (1984) e Sexo, Sexo e Sexo (1984).


Pelé e Francisco di Franco em Os Trombadinhas


Em 1984 Francisco di Franco voltou a televisão, contratado pela TVS (futura SBT). Lá ele apresentou os programas Novos Talentos (1984) e Musicamp (1987). Mas seu maior destaque na emissora foi quando ele estrelou o remake de Jerônimo, o Herói do Sertão, em 1984.




Francisco di Franco e Suzy Camacho em Jerônimo, o Herói do Sertão (1984)


Depois Francisco di Franco se afastou da mídia. Ele passou em um concurso público, e passou a residir com a família em São Bernardo do Campo, em São Paulo.

Eventualmente, ele ainda fez mais alguns trabalhos no cinema, atuando em Até Que a Vida nos Separe (1999), Hans Staden (1999) e Amor Imortal (2001), que acabou sendo seu último filme.

Em 10 de abril de 2001 o ator faleceu de câncer no pulmão, aos 62 anos de idade.





Francisco di Franco e Lady Francisco em fotonovela






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