Por Diego Nunes
Mais lembrada por interpretar mulheres sofisticadas e elegantes na televisão, Ariclê Perez foi um grande nome do teatro brasileiro antes de ingressar nas telenovelas.
Ariclê Perez nasceu em Campinas, em 07 de setembro de 1943. Ela estreou no teatro na peça Electra (1967), e fez mais de 40 trabalhos teatrais, muitos deles dirigido por seu marido Flávio Rangel.
Ariclê Perez e Ney Latorraca no espetáculo Hair (1969)
Em 1971 ela estreou no cinema, atuando no filme Paixão na Praia (1971), de Alfredo Sternheim. A atriz fez pouco cinema, mas atuou no consagrado Pixote, A Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco. Na obra, ela interpretou a professora de Pixote.
Ariclê Perez em Pixote, a Lei do Mais Fraco
Ariclê Perez em Paixão na Praia
Ariclê só faria mais um filme, Quanto vale ou é por quilo? (2005), filme provocativo de Sérgio Bianchi, pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Cine Ceará.
Em 1976 ela fez seu primeiro trabalho na televisão, atuando na novela Canção Para Isabel (1976), na TV Tupi. Na emissora também recebeu muitos elogios pela sua atuação em Como Salvar Meu Casamento, a última novela da extinta Tupi, que não chegou a ter seu final exibido.
Paulo Figueiredo e Ariclê Perez em Canção Para Isabel
Com o fechamento da Tupi, ficou alguns anos afastada da TV, atuando apenas no Teatro. Ela retornou a televisão após ficar viúva, em 1988. A atriz fez a novela Cortina de Vidro (1989) no SBT.
Depois ela foi para a Globo, onde emendou diversos trabalhos. Na emissora, seu primeiro papel foi em Meu Bem, Meu Mal (1990). Ariclê destacou-se com as personagens Ametista em Felicidade (1991) e na pele da socialite falida Elisinha Jordão, da segunda versão de Anjo Mau (1997).
Maitê Proença e Ariclê Perez em Felicidade
Ariclê Perez em Anjo Mau
Ariclê ainda atuou na novela Salsa e Merengue (1996) e participou de diversas minisséries aclamadas, como Memorial de Maria Moura (1994), Decadência (1995), Os Maias (2001), A Casa das Sete Mulheres (2003) e Um Só Coração (2004). Seu último trabalho foi a minissérie JK (2006), onde viveu a mãe do presidente Juscelino, Júlia Kubitschek, na segunda fase da trama.
JK, seu último trabalho como atriz, terminou no dia 24 de março de 2006. Dois dias depois, em 26 de março, abatida com uma forte depressão, Ariclê suicidou-se, pulando da janela de seu apartamento no 10º andar, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, onde vivia sozinha.
Ela tinha 62 anos de idade, e poucas horas antes havia deixado um bilhete com o porteiro do seu prédio, com o telefone de alguns parentes, para "caso acontecesse algo".
Bibi Ferreira, Flávio Rangel e Ariclê Perez
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4 Comentários
Grande atriz eu adorava assisti lá em cena ,pena perde lá e de forma tão trágica....
ResponderExcluirTambém gostava
ResponderExcluirMaravilhosa Atriz...SAUDADES
ResponderExcluirGrande perda para teledramaturgia Brasileira.
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