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Eliane Lage, a Greta Garbo Brasileira, completa 95 anos de idade


Apesar da curta carreira cinematográfica, Eliane Lage foi uma das maiores estrelas da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, o lendário complexo de estúdios cinematográficos que tentou reproduzir no Brasil o modelo de produção Hollywoodiano.

Protagonista de cinco clássicos do estúdio, Eliane Lage tornou-se um ícone do cinema brasileiro.


Filha de pai brasileiro e mãe britânica, Eliane Margaret Elizabeth Lage nasceu em paris, em 16 de julho de 1928, mas veio para o Brasil com apenas seis meses de idade. Ainda muito jovem, começou a fazer trabalhos sociais na Favela Dona Marta. Posteriormente, foi estudar na Inglaterra, e de lá foi para à Grécia, onde foi voluntária em um campo de concentração de crianças gregas durante a guerra civil que assolou o país.

De volta ao Brasil, foi descoberta pelo cineasta inglês Tom Payne, que havia sido contratado pela Vera Cruz. Ele a convidou para um teste, e a atriz foi escolhida como protagonista de Caiçara (1950), um dos mais importantes filmes da história do cinema brasileiro.

Abílio Pereira de Almeida, Nair Lopes, Dulce Damasceno de Britto, Tom Payne e Eliane Lage

Em 1951 ela se casou com Payne, seu mentor cinematográfico. Eles viveram juntos por quinze anos, e tiveram três filhos. Seus filmes seguintes foram todos dirigidos (ou co-dirigidos) por Tom Payne.

Eliane estrelou Ângela (1951), e fez uma participação em Terra é Sempre Terra (1952). Também protagonizou Sinhá Moça (1953) fez um enorme sucesso internacional, e deu a Ruth de Souza uma indicação como Melhor Atriz no Festival de Veneza. O filme também foi aclamado no Festival de Berlim.


Em 1957, ainda dirigida pelo marido, ela estrelou o programa de televisão A Vida Com Eliane (1957), na TV Tupi. Era inspirado no sitcom norte-americano I Love Lucy, mas o programa durou somente seis semanas, e decepcionada com a televisão, ela nunca mais quis atuar no veículo.

Na série, ela contracenava com o ator José Mercaldi, que interpretava seu marido.

Em 1959 ela estrelou Ravina (1959), dirigido pelo crítico de cinema Rubem Biáfora. Depois, ela e Tom Payne abandonaram o cinema.



Eles passaram a residir no Guarujá, onde montaram um antiquário. Payne e Eliane se divorciaram em 1965. Sem nunca mais aceitar convites para atuar, ela ainda morou em Petrópolis, antes de se refugiar em Pirenópolis, em Goiás, onde vive atualmente.

Em 2005 a atriz lançou sua biografia, Ilhas, Veredas e Buritis.


Martha Rocha entregando o prêmio Saci para Eliane Lage, em 1954

 Fernanda Montenegro, Tônia Carrero e Eliana Lage

 Eliane Lage atualmente


Veja Também: Homenagem a Ruth de Souza


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