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Rhonda Fleming, a Rainha do Technicolor



Rhonda Fleming nasceu Marilyn Louis, em 10 de agosto de 1923, em Hollywood, Califórnia (EUA). Sua mãe, Effie Graham, foi uma atriz e modelo famosa em Nova York no começo do século XX, e seu avô materno, John C. Graham, também foi um ator famoso em seu tempo. Ele chegou a ter seu próprio teatro e contracenou nos palcos com John Wilkes Booth, o assassino de Abraham Lincoln.

Effie Graham
Fleming estrou no cinema em um pequeno papel, não creditado, em Quando a Mulher se Atreve (In Old Oklahoma, 1943). Após fazer diversos filmes sem crédito, teve sua primeira grande chance em Quando Fala o Coração (Spellbound, 1944), de Alfred Hitchcock.
Rhonda Fleming e Ingrid Bergman em Quando Fala o Coração

Sua carreira foi crescendo com papéis melhores em filmes como Silêncio nas Trevas (The Spiral Staircase, 1946) e Fuga ao Passado (Out of the Past, 1947). Sua primeira protagonista foi em A Ilha da Maldição (Adventure Island, 1947), com Rory Calhoun.

Rhonda Fleming e Rory Calhoum em A Ilha da Maldição (Adventure Island, 1947).

Com cabelos ruivos de um vermelho flamejantes, uma pele muito clara e olhos azuis, a atriz fotografava muito bem em filmes em cores, e logo os estúdios começaram a explorar isto, tornando-a uma das “rainhas do Technicolor”. Seu primeiro filme neste processo foi Na Corte do Rei Artur (A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court, 1949), com Bing Crosby.
Neste filme, ela também apareceu cantando, e chegou a gravar alguns discos em 78 rotações fazendo dueto com Crosby. Em 1958, ela gravou um LP intitulado Rhonda, pela Columbia Records.
Bing Crosby e Rhonda Fleming em Na Corte do Rei Artur (A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court, 1949).

Ela interpretou Cleópatra em A Serpente do Nilo (Serpent of the Nile, 1953), onde apareceu com cabelos negros. Fez alguns filmes em 3D como Rastros do Inferno (Inferno, 1953) e O Tesouro Perdido do Amazonas (Jivaro, 1954) e também atuou em um musical, ...E as Ruivas Chegaram (Those Redheads From Seattle, 1953).

Os atores John Payne e Ronald Regan (futuro presidente dos Estados Unidos) foram os seus principais galãs.

Rhonda Fleming como Cleópatra em A Serpente do Nilo (Serpent of the Nile, 1953).

Rhonda Fleming e Robert Ryan em Rastros do Inferno (Inferno, 1953).

Entre seus principais trabalhos ainda destacamos Hong Kong (Idem, 1952), Sem Lei e Sem Alma (Gunfight at the O.K. Corral, 1957) e O Grande Circo (The Big Circus, 1959). Em O Poder do Ódio (Slightly Scarlet, 1956) atuou com Arlene Dahl, outra famosa ruiva de Hollywood.

Rhonda Fleming e Arlene Dahl em O Poder do Ódio (Slightly Scarlet, 1956).

Entre seus maiores arrependimentos em sua carreira, está o de ter recusado o principal papel feminino em O Rei e Eu (The King and I, 1956), que acabou indo para Deborah Kerr.
Na década de 1960 começou a entrar em declínio, passando a atuar com mais frequência na televisão. Fez poucos filmes nesta década, atuando com Jerry Lewis em O Otário (The Patsy, 1964), e em Amor á Americana (Uma Moglie Americana, 1965), uma comédia rodada na Itália. Com Rossano Brazzi filmou Pão de Açúcar (1965), um obscuro filme rodado no Brasil, com atores do cinema brasileiro como Odete Lara, Milton Viana e Annik Malvil.



Rhonda Fleming casou-se seis vezes, e desde 2003 está casada com Darol Wayne Carlson. Teve um único filho, Kent Lane, que foi ator e também filmou no Brasil, estrelando The Sandpit Generals (1971) baseado no livro Capitães de Areia, de Jorge Amado.
O filme foi dirigido por Hall Bartlet, que na época era marido de Rhonda, e tinha o ator Butch Patrick (o Eddie Monstro) no elenco.
Kent Lane e Michele Carey em As Incertezas de um Jovem (Changes, 1969).

Atualmente, a artista dedicava seu tempo a causas de caridade e humanitárias. Em 1991, criou uma clínica especializada em tratamento de mulheres, totalmente gratuita. Ela também é membro doadora da Childhelp USA, uma instituição que ampara crianças carentes. Dedica-se também em campanhas de arrecadação de fundos para pesquisas do tratamento do Alzheimer e do Câncer de Mama.
Também colaborava com instituições que amparam crianças que sofreram abuso físico e sexual e tem uma loja que vende lenços, próteses e perucas a preços populares para mulheres com câncer. Nesta loja, as mulheres também recebem orientação psicológica e profissional. Era também financiadora das artes e da preservação da Memória Cinematográfica.
A atriz Rhonda Fleming, morreu no dia 14 de outubro de 2020, em aos 97 anos. Rhonda estava internada em um Hospital em Santa Mônica, tratando de uma pneumonia.

Rhonda Fleming





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