Maria Luísa Mendonça é uma das mais talentosas atrizes das novas gerações do Brasil, sendo uma das artistas mais premiadas do cinema brasileiro. Vinda do teatro, ela ficou conhecida do grande público como a misteriosa Buba na novela Renascer (1993).
Marcos Ricca e Maria Luísa Mendonça em Renascer (1993)
Formada em Teatro, pela Casa de Arte das Laranjeiras (a CAL), ela estreou como atriz aos 17 anos de idade, quando atuou na peça Vestida de Noiva (1987), de Nélson Rodrigues. A partir de então, sua carreira teatral deslanchou.
O destaque nos palcos fez com Maria Luísa recebesse um convite para atuar na Rede Globo, onde ela estreou com o pé direito, atuando no grande sucesso que foi Renascer (1933).
A atriz interpretava Isabela Mota Gonzaga / Alcides, ou simplesmente Buba, uma das personagens mais marcantes e enigmáticas da trama. Buba escondia um grande segredo, era "hermafrodita", ou seja uma pessoa intersexual, termo usado para designar pessoas que nascem com características sexuais biológicas que não se encaixam nas categorias típicas do sexo feminino ou masculino.
Na época, pouco conhecido, o tema causou debates e polêmicas.
Maria Luísa Mendonça e Taumaturgo Ferreira em Renascer
Maria Luísa Mendonça também brilhou como a vilã na minissérie Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados (1995). Depois, fez as novelas Explode Coração (1995) e Corpo Dourado (1998).
Maria Luísa Mendonça e Alessandra Negrino em Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados
Sem fazer muitas novelas, Maria Luísa atuou em diversas séries produzidas pelo canal, como A Muralha (2000) e Os Maias (2001), e fez participações em programas como Os Normais, Brava Gente, A grande Família e Sítio do Pica Pau Amarelo.
Na TV Cultura, estreou como apresentadora, apresentando o programa Contos da Meia-Noite (2003-2004).
De volta a Globo, atuou nas séries Um Só Coração (2004) e Carandiru, Outas Histórias (2005), e fez uma participação na novela Senhora do Destino (2004).
Mas descontete com os rumos de sua carreira, ela resolveu não renovar o contrato com a Globo, para ter liberdade de assumir outros projetos.
Foi então que ela assumiu um personagem fixo na série Mandrake (2005-2007), produzida pela HBO.
Maria Luísa também foi apresentadora do programa Cone Sul (2008-2009), na TV Cultura, e do Revista do Cinema Brasileiro (2011-2012), na TV Brasil.
Na Globo, contratada por obra, atuou em séries como Queridos Amigos (2008), Dicas de Um Sedutor (2008), Aline (2008), Amorteamo (2015), Vade Retro (2017), entre outras.
Ela também esteve no elenco das novelas Viver a Vida (2009), Magnífica 70 (2017-2018) e Segundo Sol (2018), e também trabalhou na segunda temporada de Verdades Secretas (2021).
No cinema, a atriz estreou no filme Quem Matou Pixote? (1996), e desde então, tem atuado em diversos filmes, tendo sido premiada por diversos deles em muitos festivais de cinema pelo mundo. Sua filmografia inclui também Amar... (1997), Corazón Iluminado (1998), As Três Marias (2002), A Delicadeza do Amor (2003), carandiru (2003), Jogo Subterrâneo (2005), O magnata (2007), Querô (2007), A Mulher do Meu Amigo (2008), Nossa Vida Não Cabe Num Opala (2008), Os Filmes que Não Fiz (2008), Se Eu Fosse Você 2 (2009), A Mulher Invisível (2009), A Suprema Felicidade (2010), Insolação (2010), O Homem do Futuro (2011), Amanhã Nunca Mais (2011), Luz nas Trevas - A Volta do Bandido da Luz Vermelha (2012), Habi, la extranjera (2013), Deserto Azul (2014), Todo Clichê do Amor (2018), O Olho e a Faca (2019), Horácio (2019), L.O.C.A. (2021), Meu Álbum de Amores (2022) e Meu Casúlo de Drywall (2023).
Maria Luísa Mendonça em Carandiru
Além disto, ela também dirigiu diversos documentários, e foi roteirista do filme A Mulher Invisível (2009).
Paralelamente, também dedicou-se ao teatro e também as artes plásticas, tendo inclusive apresentando suas obras em exposições.
Maria Luísa Mendonça atualmente
A atriz é mãe de Júlia Gallo Mendonça, nascida em 1997, fruto do seu casamento com o diretor de cinema Rogério Gallo, união conjugal que durou de 1994 a 2000. Maria Luísa chegou a engravidar novamente em 1998, mas sofreu um aborto espontâneo com um mês de gestação. Em 2001 casou-se com o produtor de cinema Fabiano Gullane, com quem esteve até 2004. De 2005 até maio de 2016 esteve casada com o diretor Cláudio Torres.
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