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Cantora Joyce Bryant, chamada de "A Marilyn Monroe Negra", morre aos 95 anos de idade





A cantora e ativista pelos direitos civis Joyce Bryant, considerada a primeira artista negra a ser considerada uma "sex symbol" morreu no dia 20 de novembro, aos 95 anos de idade. No auge da fama, era chamada pela imprensa de "A Marilyn Monroe Negra".





Joyce Bryant nasceu na Califórnia em 1927, e foi criada por uma família religiosa bastante conservadora, mas aos 14 anos de idade fugiu de casa para se casar (o casamento foi anulado após uma noite).

Sua carreira começou por acaso, quando uns primos a convidaram para conhecer uma casa noturna em Los Angeles, e a incentivaram a subir no palco para cantar. O dono da casa gostou de sua voz, e a convidou para se apresentar naquela noite, ganhando 25 dólares. Sem ter dinheiro para pagar a condução para voltar para a casa, ela aceitou a oferta.

No final da década de 1940 ela já havia se tornado uma requisitada cantora dos clubes de Nova York. Mas sua fama aumentou quando Joyce desenvolveu sua própria identidade pessoal, quando surgiu no palco usando um vestido prateado, e os cabelos pintados da mesma cor (ela usou tinta de radiadores de carro para colorir o cabelo). Seu vestido apertado de costas nuas, e o cabelo prateado tornaram-se sua marca registrada. Etta James, em sua biografia, escreveu "eu não queria ser uma moça comportada, eu queria ser Joyce Bryant".




Joyce chegou a ganhar três mil dólares e quinhetos dólares por show, uma pequena fortuna na época, e gravou alguns discos, mas as rádios eram proibidas de tocarem suas músicas, consideradas ousadas demais. Além disto, a cantora incomodava a indústria musical e desafiava as leis de segregação racial, que legalizava o preconceito nos Estados Unidos.

Ela foi a primeira negra a cantar em um hotel em Miami, sob protestos da Klu Klux Kan, que do lado de fora, queimava uma boneca com seu rosto.





Mas apesar de passar uma imagem sensual e ousada, Joyce era bastante conservadora, e estava descontente com a vida nos clubes noturnos, e abandonou a carreira em 1956, dedicando seu tempo à Igreja Adventista do Sétimo Dia.


Usando roupas comportadas e seus cabelos naturais, ela continuava a fazer shows para arrecadar fundos para ajudar famílias negras em dificuldades financeiras. Amiga pessoal de Martin Luther King, ela afirmava que todos que acreditavam em Deus deveriam combater o racismo.




Mas o alto escalão de sua igreja chamou Bryant, e disse que isto envolvia política, e era um assunto mundano, que nada tinha a ver com a vida espiritual, e pediu para ela parar. Decepcionada, Joyce Bryant deixou a congregação, e retornou aos palcos na década de 1960.

Mais tarde tornou-se professora de canto, e teve alunos ilustres como a atriz Rachel Welch.










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