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Por Onde Anda? A atriz Mariel Hemingway



Neta do famoso escritor Ernest Hemingway e irmã da modelo e atriz Margaux Hemingway, Mariel Hemingway despontou para o estrelato ainda muito jovem, e aos 17 anos de idade foi indicada ao Oscar após trabalhar com Woody Allen no cinema. Mas questões familiares e problemas de saúde mental, entretanto, fizeram sua carreira decair ao longo dos anos.




Mariel Hadley Hemingway nasceu em Mill Valley, Califórnia, em 22 de novembro de 1961. Ela é neta do famoso escritor Ernest Hemingway, e filha do pescador e escritor Jack Hemingway, e irmã de Joan e Margaux Hemingway, está última uma famosa modelo e atriz.

O nome Mariel foi uma homenagem ao porto cubano, um dos lugares favoritos de seu avô, que cometeu suicídio quatro meses antes de Mariel, a atriz, nascer. 


Margaux e Mariel Hemingway


Mariel estreou no cinema aos 15 anos de idade em A Violentada (Lipstick, 1976). Ela contracenava com sua irmã mais velha Margaux na obra (também estreando no cinema). No filme Margaux interpretava uma jovem estuprada pelo professor da irmã mais nova.

Por este trabalho Mariel Hemingway foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Revelação.


Margaux e Mariel Hemingway em A Violentada


Com apenas mais um crédito como atriz, em um telefilme, Mariel foi convidada pelo diretor Woody Allen para interpretar Tracy, uma estudante do ensino médio de 17 anos (quando na época tinha 16) que se envolve romanticamente com o personagem de Allen em Manhattan (Idem, 1977).

A jovem novata acabou sendo indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel. Antes disto, ela havia recebido convite de outro importante diretor, Martin Scorsese, que a chamou para um teste para Taxi Driver (Idem, 1976), mas Mariel acabou perdendo o papel para Jodie Foster.



Woody Allen e Mariel Hemingway em Manhattan

Apesar do sucesso, ela só retornou ao cinema em As Parceiras (Personal Best, 1982), onde interpretava uma atleta bissexual do atletismo, e o filme gerou polêmica na época por retratar uma relação amorosa gay, um tema pouco debatido na época.

As cenas sensuais de As Parceiras renderam a Mariel o convite para estampar a capa da revista Playboy em 1982.


Mariel Hemingway e Patrice Donnelly em As Parceiras

Em 1983 Mariel brilhou ao dar vida a trágica modelo e atriz Dorothy Stratten, que havia sido assassinada em 1980. Para fazer o papel ela precisou fazer implantes de próteses de silicone, que anos mais tarde tiveram de ser removidas devido a problemas de saúde.



Apesar da fama, Mariel encontrou dificuldades para conseguir novos trabalhos, e sua carreira oscilava entre a fama e hiatos entre novos convites, e participou de filmes pouco expressivos como Temporada Sangrenta (The Mean Season, 1985) e Criador (Creator, 1985), e teve um papel na minissérie Amerika (1987).


Peter O'Toole e Mariel Hemingway em Criador

Em 1987 ela voltou a ter um papel de destaque quando interpretou Lacy Warfield, a herdeira do jornal Planeta Diário em Superman IV: Em Busca da Paz (Superman IV: The Quest for Peace, 1987). Mas o filme não foi bem recebido, e rendeu a Mariel uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante.


Mariel Hemingway e Christopher Reeve em Superman IV: Em Busca da Paz


Sob direção de Blake Edwards atuou em Assassinato em Hollywood (Sunset, 1988), e estrelou o drama Clube do Suicídio (The Suicide Club, 1988), que falava de um tema bastante traumatizante para a atriz, que tinha diversos casos de suicidas em sua família. Mariel ainda esteve no elenco de Céu em Chamas (Steal the Sky, 1988), O Grande Desafio (Feuer, Eis & Dynamit, 1990), Delírios (Delirious, 1991) e O Retorno (Falling from Grace, 1992).



Emma Samms, John Candy e Mariel Hemingway em Delírios


Em 1991 ela se tornou uma das estrelas da série Civil Wars, da ABC. Porém, em 1993 ela foi chamada para renegociar seu contrato. Os produtores queriam reduzir seu salário e diminuir seu papel, mas a atriz não aceitou a proposta, e deixou o elenco do programa em 1993. Após sua saída, a audiência caiu, e a série foi cancelada após mais 13 episódios.

No mesmo ano que deixou o elenco, a Mariel foi indicada ao Emmy por este papel.


Mariel Hemingway em Civil Wars



Na década de 1990 ela viu seu prestigio diminuir em Hollywood, e começou a fazer trabalhos cada vez menos relevantes, atuando em muitos filmes feitos para a televisão. No cinema, fez uma participação especial, como ela mesma, em Corra que a Polícia Vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final (Naked Gun 33 1/3: The Final Insult, 1994), e atuou em filmes como Marcas da Decepção (Deceptions II: Edge of Deception, 1994), Killer Lady (1995) e Lua Negra (Bad Moon, 1995).



Elliott Gould e Mariel Hemingway em Corra que a Polícia Vem Aí! 33 1/3: O Insulto Final


Na televisão, também atuou na série Central Park West, em 1995.


Em 1997 ela voltou a trabalhar com Woody Allen em Descontruindo Harry (Deconstructing Harry, 1997), 20 anos após ter participado do sucesso Manhattan.


Mariel Hemingway e Woody Allen em Descontruindo Harry



Em 1996 ela teve um grande baque em sua vida pessoal, com a morte da irmã Margaux Hemingway, com apenas 42 anos de idade. Deprimida, Margaux cometeu suicídio, tornando-se a quinta pessoa da família de Mariel a tirar a própria vida.

Por muitos anos Mariel Hemingway negou a causa da morte da irmã, de forma a renegar a depressão que ela mesmo sentia, conforme admitiu em entrevistas, muitos anos mais tarde.

Desde então, a atriz tem aparecido em filmes como Fim da Linha (Road Ends, 1997), Homenzinhos (Road Ends, 1998), Criei um Monstro (The Sex Monster, 1999), A Conspiração (The Contender, 2000), Perfume (2001), O Alvo Principal 2 (First Shot, 2002), Força Aérea 2 (In Her Line of Fire, 2006) e Meu Suicídio (My Suicide, 2009). Em 2010 ela fez um filme na Turquia, Ay Lav Yu (2010).

A atriz também fez participações em séries como Crossing Jordan e Lei & Ordem (Law & Order).


Mariel Hemingway em Força Aérea 2


Mariel também atuou em A Invasão Zumbi (Rise of the Zombies, 2012) e em A Brasileira (Man Camp, 2013), comédia estrelada pela atriz brasileira Fernanda Machado. Nenhum de seus filmes seguintes chegou a ser exibido no Brasil.


Mariel Hemingway em A Invasão Zumbi 



Seu último filme foi Graça e Coragem (Grance and Grit2021), e ela está no elenco de On Sacred Ground, ainda em produção. Mariel Hemingway também apresenta um programa sobre filmes com temáticas espirituais, e tem um canal próprio onde fala sobre a prática da Yoga.

Em 2013 ela trabalhou em um documentário chamado Running From Crazy (2013), que foi produzido por Oprah Winfrey. Nele Mariel conta sobre sua própria saúde mental, fala de sua depressão e do histórico de problemas mentais da família Hemingway. A atriz também falou francamente sobre o abuso de álcool e drogas, e como tudo isto afetou a sua carreira.

No documentário ela finalmente assumiu o suicídio da irmã, e disse como isto ainda a assombra, e falou sobre o casamento violento e abusivo de seus pais.

O documentário rendeu a atriz mais uma indicação ao Emmy, agora como co-produtora.





Em 2015 ela abriu mais um pouco de sua vida em sua biografia, onde escreveu sobre o assédio que sofreu na juventude por homens muito mais velhos, como Bob Fosse, Robert Towne, Robert De Niro e Woody Allen. Ela também narrou em seu livro que presenciou, ainda na infância, seu pai abusando sexualmente de ambas as irmãs.

Mariel Hemingway foi casada com o produtor e diretor Stephen Crisman (entre 1984 e 2008), e com ele teve duas filhas, as atrizes Dree Hemingway e Langley Fox.

Ela também teve um relacionamento com o ex-dublê Bobby Willians, com quem co-escreveu um livro de auto ajuda e meditação transcendental.



Mariel Hemingway e as filhas


Mariel Hemingway atualmente






Veja também: As Mais Belas Atrizes dos Anos 80, Antes e Depois







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