Na década de 80, o programa humorístico Os Trapalhões fazia muito sucesso. E além do quarteto amalucado formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, muitos coadjuvantes também alegravam o público fã das esquetes do programa. Entre eles Ted Boy Marino, Terezinha Elisa, Roberto Guilherme (o Sargento Pincel) e Carlos Kurt, o alemão mal humorado, alto (medindo 1,97), com voz grossa e olhos esbugalhados.
José Carlos Kunstat, mais conhecido como Carlos Kurt, nasceu no Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 1933. Antes de se tornar ator, Kurt trabalhou para a CEDAE, Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro. Depois, ingressou no rádio, como técnico.
Na rádio, começou a fazer pequenos papéis no rádio teatro. Do microfone migrou para os palcos teatrais, antes de estrear no cinema. Em 1966 um personagem de Carlos Kurt no espetáculo Cocó My Darling, estrelado por Dercy Gonçalves, foi censurado. Segundo o censor, o figurino do ator apresentava as cores da bandeira do Peru, o que já foi suficiente para sofrer repressão estatal.
Carlos Kurt, no teatro de revista
Em 1967 ele estreou na TV Excelsior, onde fazia diversos personagens, geralmente nos programas humorísticos. Sua estréia no cinema, entretanto, ocorreu no filme O Carrasco Está Entre Nós (1968), um drama sobre nazistas escondidos no Brasil. Seu filme seguinte foi 2000 Anos de Confusão (1969).
Em 1970 Kurt era um dos atores do programa infantil Psulino, um boneco de fantoche levado ao ar pela TV Tupi, para tentar concorrer com o Ratinho Topogigio. No elenco de Psulino também estava a atriz Terezinha Elisa, que mais tarde seria sua colega em Os Trapalhões.
No cinema ainda atuou nas comédias Tô na Tua, Ô Bicho (1971) e Costinha, O Rei da Selva (1975) antes de aparecer em Simbad, o Marujo Trapalhão (1976), o primeiro filme dos Trapalhões no qual ele atuou.
Simbad, O Marujo Trapalhão
Em 1978 ele ingressou no elenco do programa Os Trapalhões, onde fez os mais diversos papéis de antagonista, até 1992. Na Globo ainda atuou nas novelas Champagne (1983) e Que Rei Sou Eu? (1989).
No cinema fez 27 filmes, muitos deles com Os Trapalhões, incluindo clássicos como O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (1977), Os Saltimbancos Trapalhões (1981) e A Filha dos Trapalhões (1984). Mas também atuou em outros filmes como Sexo e Sangue (1979) e O Inseto do Amor (1980).
Também atuou em duas produções internacionais, rodadas no Brasil. Em 1979 fez uma participação em 007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, 1979), estrelada por Roger Moore. E também atuou em Eu, Você, Ele e os Outros (Non C'è Due Senza Quatrro, 1984), estrelado por Bud Spencer e Terence Hill.
Veja Carlos Kurt em 007 Contra o Foguete da Morte
Bud Spencer e Carlos Kurt Eu, Você, Ele e os Outros
Na década de 90 foi diagnosticado com Alzheimer, ficando impossibilitado de trabalhar. Em 1996 passou a residir no Retiro dos Artistas, junto com sua esposa. Em 04 de março de 2003, ele faleceu após sofrer uma parada cardíaca, aos 70 anos de idade.
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7 Comentários
MUITO BOM EXELENTE PAGINA,
ResponderExcluirMuitos atores coadjuvantes tinham uma química e tanto com os Trapalhões.
ResponderExcluirE ele sem dúvida foi um dos melhores.
A participação dele no filme do 007, Moonraker, acontece no início do filme! Quando eu vi que ele faria parte do filme, eu já cai na gargalhada!
E o 007 Roger Moore também era um ator muito engraçado\!
Bons tempos!
Ah,e para completar o meu comentário acima:
ResponderExcluirParabéns pela página! Esses artistas não podem ser esquecidos!
Abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSimplesmente amava Carlos Kurt. Fez parte da minha infância e foi responsável por muitas gargalhadas boas que dei nessa vida. Obrigada por recordar.
ResponderExcluirO episódio mais emblemático e épico do Carlos Kurt nos trapalhões é sem dúvida aquele da confusão do restaurante que o Didi era o garçom dos recados kkkk esse episódio é inesquecível e emblemático com o Carlos
ResponderExcluirAlguém sabe onde ele foi enterrado e o que aconteceu com seus familiares 😔
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