Filho do jornalista Ernesto Cony Filho, Carlos Heitor Cony nasceu no Rio de Janeiro em 14 de março de 1926. Alfebetizado em casa, Cony é mais lembrado pela sua carreira de jornalista e escritor, e por ser membro da Acadêmia Brasileira de Letras (ABL) desde 2000.
Em 1952 tornou-se redator da Rádio Jornal do Brasil, seu primeiro contrato como escritor profissional e em 1958 publicou O Ventre, seu primeiro romance. Em 1960 entrou para o Correio da Manhã, onde iniciou-se nas atividades de jornalista.
Um dos escritores mais respeitados do Brasil, Cony também manteve longas relações com o cinema. Em 1965 ele escreveu uma Charles Chaplin, um ensaio biografico sobre o ator e diretor inglês.
Neste mesmo ano, foi contratado pela TV Rio para escrever o roteiro de Comédia Carioca, dirigida por John Herbert. Estrelada por Herbert e sua então esposa Eva Wilma, novela seriada remetia ao antigo sucesso do casal, Alô Doçúra, mas agora com mais referências a cidade do Rio de Janeiro (o seriado anterior se passava em São Paulo).
No ano seguinte Cony fez sua primeira incursão no cinema, mas não como escritor. O cineasta Roberto Santos o convidou para um papel no filme As Cariocas (1966). Em 1968 ele voltaria a atuar no cinema em A Vida Provisória (1968). Neste mesmo ano foi rodado Antes, o Verão (1968), primeiro longa metragem baseado em um texto seu.
Seus livros e contos também foram adaptados para os longas Um Homem e Sua Jaula (1969) e Intimidade (1975).
Como roteirista Cony escreveu Os Primeiros Momentos (1973), A Noite do Massacre (1975), Paranóia - Uma Longa Noite de Terror (1976) e Os Trombadinhas (1979). Este último, dirigido por Anselmo Duarte, teve o roteiro co-escrito pelo jogador de futebol Pelé, o astro do filme.
Kátia D´Angelo e Pelé no cartaz de Os Trombadinhas (1979)
Em 2007 Cony voltou a brincar de ator em Sambando nas Brasas, Morô? (2007) e em 2015 Ruy Guerra adaptou Quase Memória, um dos seus livros mais bem sucedidos, para as telonas do cinema.
Tony Ramos em Quase Memória (2015)
Para a televisão Carlos Heitor Cony foi responsável por roteiros de novelas e miniséries como Marquesa de Santos (1984), Dona Beija (1986) e Kananga do Japão (1989), todas da Rede Manchete de Televisão.
Carlos Heitor Cony faleceu em 05 de janeiro de 2018, aos 91 anos, devido a uma falência múltipla de órgãos.
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