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Cineasta argentino Fernando Solanas, vítima do Covid-19


O cineasta argentino Fernando 'Pino' Solanas faleceu em Paris, em decorrência de complicações do Coronavírus. Ele estava na França, onde seria homenageado pela Unesco, mas no dia 16 ele noticiou que ele e a esposa, a atriz Angela Correa, haviam sido diagnosticados positivo para o Covid-19.

Diretor, roteirista, compositor e político, Solanas estreou na direção em 1962. Sua obra era marcada pelo teor contestador e político, e em 1968 ele dirigiu, secretamente, o longa-metragem La Hora de Los Hornos (1968), que criticava o neocolonialismo e a violência das ditaduras da América Latina. O filme ganhou diversos prêmios internacionais. Em 1974 Solanas rodava Los Hijos de Fierro, uma obra de resistência ao regime militar argentino, mas seu protagonista Julio Troxler foi sequestrado e morto pelos militares, e a obra não foi finalizada. Solanas, que também era perseguido, precisou se exilar fora do país, retornando à Argentina apenas em 1983.

Aclamado internacionalmente, seus filmes receberam diversas indicações em festivais de cinema renomado, como Cannes, Veneza e Berlim.

Sua obra inclui filmes como Argentina, mayo de 1969: Los Caminos de La Liberación (1971), Tangos - O Exílio de Gardel (El Exillio de Gardel: Tangos, 1985), Sur (1988), A Viagem (La Viaje, 1992) e La Nube (1998). O diretor estava rodando o documentário Tres a la deriva, que não foi concluído.

Como compositor, colaborou diversas vezes com o músico Astor Piazzola.


Opositor de Carlos Menem, em 1991 ele sofreu um atentando, e levou seis tiros, mas se recuperou. Em 2007 ele chegou a concorrer a presidência da Argentina, ficando em quinto lugar na eleição, e entre 2013 e 2019 ocupou o cargo de senador em seu país.


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