Morreu no dia 27 de setembro o ator e diretor Emílio de Biasi, grande nome do teatro brasileiro, com passagens marcantes também pelo cinema e televisão. O ator tinha 81 anos de idade, e sua morte foi divulgada por colegas através das redes sociais. Emílio de Biasi sofria de Mal de Alzheimer.
Constabile Emilio de Yoshi, seu nome verdadeiro, nasceu em São Paulo em 29 de maio de 1939, e estreou no teatro profissional em 1961na peça O Chapéu de Palha da Itália, mas já fazia teatro amador alguns antes, tendo inclusive feito sua estreia na televisão anos antes, no teleteatro Diálogo de Carmelitas (1958), na TV Tupi.
Biasi logo se tornou um dos mais respeitados atores do teatro brasileiro, e estreou na direção com Cordélia Brasil (1968), de Antônio Bivar. A montagem, encenada pelo Teatro de Arena foi invadida durante a Ditadura Militar. Biasi e o ator Paulo Bianco foram espancado pelos militares e Norma Benguel acabou presa.
Foi somente na década de 80, já consolidado nos palcos, que ele retornou a televisão, trabalhando como ator na novela Drácula, Uma História de Amor (1980). A novela inicialmente era exibida na TV Tupi, mas não teve final devido ao fechamento da emissora, e foi refeita na Bandeirantes como nome de Um Homem Muito Especial (1980). na emissora também atuou em obras como os Imigrantes (1981), Os Adolescentes (1981) e Ninho da Serpente (1982). Também atuou na TV Cultura em Floradas na Serra (1982).
No cinema, atuou em Força Estranha (1983), Filme Demência (1986), que lhe rendeu um Kikito de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado, Anjos do Arrabalde (1987), Alma Corsária (1993), Insolação (2009), Trago Comigo (2013) e Primavera (2018).
Na televisão, Emilio de Biasi também foi diretor de obras importantes. Ele dirigiu a novela Ranascer (1993), O Rei do Gado (1996-1997), Anjo Mau (1997-1998), Esperança (2002), A Escrava Isaura (2002) e Amazônia: De Galvez a Chico Mendes (2007).
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