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Crítica: Desencantada (Disenchanted), 2022


2022 foi o ano da Disney trazer de volta duas sequências há muito esperadas pelos fãs, trazendo de volta o universo de Abracadabra 2 (Hocus Pocus 2) e agora a sequência de Encantada (Enchanted) 15 anos depois do lançamento do filme original.

Amy Adams, Patrick Dempsey, James Marsden e todo o reino de Andalisa estão de volta às telas, para a alegria dos fãs nostálgicos. Numa boa sacada, a premissa do filme de dá no que teria acontecido após o "felizes para sempre", mostrando que a vida real, mesmo para a doce e otimista Giselle (Amy Adams), pode ser cansativa.

Gisele e Robert (papel de Patrick Dempsey), continuam morando em Nova York, mas com uma filha adolescente uma nova filha, ainda bebê, resolveu se mudar para uma cidade bucólica no interior, com ares de contos de fada.




Morgan, a filha adolescente do casal, agora é interpretada por Gabriella Baldachino, já que a atriz original, Rachel Covey está com 24 anos de idade.

Covey, que interpretou a filha de Patrick Dempsey que é adotada por Amy Adams, faz uma participação especial no filme, conversando com a personagem de Amy Adams na nova cidade.


Rachel Covey em participação especial em Desencantada

A comediante Maya Rudolph foi incluída no elenco, como uma espécie de Rainha Má da cidade de Monroeville, e Yvette Nicole Brown e Jayma Mays completam seu séquito. Com direito a vestidos inspirados nos de Anastasia e Drizella, as irmãs más de Cinderela. Aliás, o filme é cheio de referências aos clássicos da Disney.




Com muitas cenas de animação, o filme também remete aos melhores momentos de clássicos da Disney, mas infelizmente, não tem o mesmo folego do primeiro.

Há um excesso de números musicais, que torna o filme um pouco cansativo, e as letras não têm o mesmo tom satírico do primeiro, quebrando aquele clima de dois mundos completamente estranhos apresentados em Encantada. James Marsden, agora rei, também perdeu o charme original, ficando relegado a um personagem de alívio cômico, sem muita necessidade. Nem mesmo o esquilo, um grande coadjuvante da primeira produção, foi bem aproveitado.

A sempre ótima Maya Rudolph tem um papel um tanto quanto deslocado, e sua personagem também deixa um pouco a desejar.


Maya Rudolph em Desencantada

Amy Adams, porém, está ótima, apresentando uma Giselle mais madura, que apesar de sua doçura e encantamento, quase se perde entre a rotina de uma mãe e dona e o desejo de viver novamente um conto de fadas.

Os cenários, figurinos e efeitos também são incríveis.

Amy Adams em Desencantada

Apesar de alguns tropeços, o filme Desencantada pode encantar, e ainda nos mostra que apesar da rotina da vida real ser complicada, ela ainda pode ser muito melhor que a materialização da tão sonhada vida de conto de fadas.





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