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Por Onde Anda? Adele Fátima, a nossa quase Bond Girl


Musa do carnaval brasileiro, a modelo, dançarina e atriz Adele Fátima foi considerada uma das mulheres mais sexys do Brasil das décadas de 1970 e 1980. Em 1979 ela foi escalada para atuar em 007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, 1979), onde tornaria-se a primeira Bond Girl brasileira, mas apesar de ter filmado sua participação, acabou cortada do filme na edição.




Adele Fátima Hahlbohm nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de fevereiro de 1954, em pleno carnaval carioca. Filha de mãe brasileira com pai alemão (ele era um industrial do ramo do alumínio), Adele conheceu o carnaval através da mãe, que a levou ao Bloco Bafo de Onça, quando ela tinha 4 anos de idade.

Aos 16 anos, tornou-se uma das mulatas de Sargentelli, onde começou a projetar seu nome no meio artístico. Adele começou também a desfilar no carnaval, tornando-se rainha de bateria aos 18 anos de idade.

Depois vieram os comerciais, as capas de revista, e logo viriam os convites para atuar.




Rosemary, Adele Fátima, Alcione Mazzeo, Fátima Freire, Marlene Silva, Cristiane Torloni e Maria Rosa


Em 1973 Augusto César Vanucci a convidou para atuar em um quadro no Fantástico. Adele então começou a aparecer em programas de humor da linha de shows da emissora, e fez uma participação na novela Gabriela (1975).

Adele também trabalha como jurada em programas como Rouxinol, Cassino do Chacrinha e Alegria do Povo.


Adele Fátima como jurada

Sua estreia no cinema foi em 1975, no filme Com as Calças na Mão (1975), de Carlos Mossy. Logo ela se tornou uma das musas das pornochanchadas brasileiras, atuando em O Flagrante (1975), As Massagistas Profissionais (1976), As Granfinas e o Camelô (1976), Os Amores da Pantera (1977) e Manicures a Domicílio (1978).

Em 1978 ela também estrelou um comercial de sardinhas, que fez muito sucesso.




Em 1978, ao lado de Costinha, ela foi uma das estelas de O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras (1978), uma comédia que parodiava as séries norte-americanas O Homem de Seis Milhões de Dólares e As Panteras.





Em 1979 o produtor Albert Brocolli veio ao Brasil filmar 007 Contra o Foguete da Morte (Moonraker, 1979). Adele Fátima foi convidada para fazer parte do elenco, e sua participação foi muito comentada. Ela seria a primeira (e até agora única) Bond Girl brasileira.

Roger Moore era o famoso agente 007 da época.



Adele Fátima e Roger Moore

Adele Fátima gravou suas cenas, e foi convidada para a pre estreia no filme, nos Estados Unidos. Foi somente na sessão norte-americana que a atriz descobriu que suas cenas haviam sido cortadas, e que ela havia sido substituída pela atriz Emily Bolton.


 

Roger Moore e Emily Bolton


Adele nunca recebeu a explicação por ter sido removida do filme, mas boatos indicam que a atriz Luisa Mattioli, a esposa de Roger Moore, havia ficando enciumada com o marido, que havia se encantado com a brasileira durante as filmagens. 

O ator Carlos Kurt acabou sendo  o único artista brasileiro a aparecer na produção.

Cortada de uma grande produção de Hollywood, Adele Fátima estrelou Histórias Que Nossas Babás Não Contavam (1979), onde interpretava Clara das Neves, a protagonista da paródia de Branca de Neve e os Sete Anões. Costinha era quem interpretava o seu príncipe encantado.

O filme fez um enorme sucesso nas bilheterias brasileiras.


Adele Fátima em Histórias Que Nossas Babás Não Contavam


Adele Fátima e Costinha em Histórias Que Nossas Babás Não Contavam

Em 1979, no auge da fama, ela se casou como engenheiro Marcelo Brandão Carneiro, com quem esta casada até os dias de hoje. Após o casamento, ela afastou-se um pouco da carreira, voltando a atuar alguns anos depois.

O casal teve dois filhos, Diogo e Bárbara (que faleceu em 2001, aos 18 anos de idade, vítima de câncer).




Em 1986 ela retornou ao cinema, atuando no filme Fulaninha (1986). Depois, atuou na produção franco-italiana No Rio Vale Tudo (Si Tu Vas à Rio... tu Meurs, 1987), que foi rodado no Brasil, e ainda tinha Elke Maravilha e Roberta Close no elenco.

Em 1988 Paulo César Sarasceni deu a Adele Fátima uma chance de provar que era mais que apenas uma mulher bonita, dando lhe um papel sério e marcante em Natal na Portela (1988). Adele vivia a sofrida Dona Lota.


Adele Fátima e Grande Otelo em Natal da Portela

Com Sarasceni ela também atuaria em O Viajante (1998), seu último trabalho no cinema até o momento. Como atriz, ainda atuou nas minisséries Agosto (1993) e Memorial de Maria Moura (1994).

Adele Fátima esta afastada da carreira artística, e vive tranquilamente com sua família no Rio de Janeiro.


Eliana Pittman, Alcione Mazzeo e Adele Fátima

Adele Fátima atualmente





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