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Relembrando o grande ator Dary Reis


O grande ator gaúcho Dary Reis ficou conhecido do grande público como um grande coadjuvante a partir da década de 1970. Mas Dary já era um veterano com longa carreira teatral e cinematográfica, tendo inclusive sido um belo e talentoso galã dos palcos nas décadas de 1940 e 1950.

E 1959 ele também encarnou um dos grandes heróis da televisão brasileira, o Capitão Estrela, na TV Tupi.

Dary Reis em 1951



Dary Hugo dos Reis nasceu em Formigueiro (antigo distrito de São Sepé), no Rio Grande do Sul (algumas fontes dizem que na verdade ele nasceu em Santa Maria da Boca do Monte), em 12 de fevereiro de 1926.

Dary foi criado na cidade Santa Cruz do Sul, mas em 1931 mudou-se para São Leopoldo, outra cidade gaúcha. Sua mãe morreu em 1939, e seu pai em 1947. Dary já estava morando no Rio de Janeiro na época, correndo atrás de seu sonho de ser ator.

Dary Reis ingressou no teatro no começo da década de 1940, e logo tornou-se um requisitado ator, e passou pelas companhias de Dulcina de Moraes, Dercy Gonçalves e Henriette Morineau. No Rio de Janeiro, seu primeiro trabalho nos palcos foi em Fim de Jornada (1943), tendo participado de peças importantes como Rebeca (1945), Frenesi (1946) e Uma Rua Chamada Pecado (1947).

Foto da peça Frenesi

Em 1948 estreou no cinema, atuando em Mãe (1948), uma produção da Cinédia, dirigida por Teófilo de Barros Filho. O ator fazia par romântico com a cantora Ivonétte Miranda (esposa de Teófilo na vida real), em seu único trabalho no cinema.

Dary Reys e Ivonétte Miranda em Mãe

Dary emendou alguns trabalhos no cinema, como O Falso Detetive (1951) e estrelou Maria da Praia (1951), onde interpretava dois personagens (irmãos gêmeos).


Em 1951, como membro de Dulcina de Moraes, o ator este por quase dois anos atuando no teatro português, onde encenaram várias peças. De volta ao Brasil, atuou em um novo filme, a comédia Os Três Recrutas (1953) e fez em seguida Rua Sem Sol (1954). 

Em 1955 fez sua estreia na televisão, atuando no Grande Teatro Tupi, no Rio de Janeiro. Na emissora ele faria diversos vários teleteatros, e atuou nas novelas Lucrécia Bórgia (1956) e A Canção de Bernadette (1957).

Aracy Cardoso e Dary Reis em um teleteatro na TV Tupi

Na emissora também fez o vilão na série O Falcão Negro (1957) e dois anos depois estrelou outro programa infanto-juvenil O Capitão Estrela (1959-1961), criado por Zaé Junior. Dary interpretava um herói ao estilo dos personagens de Gibi, e o nome da série vinha do patrocinador, os Brinquedos Estrelas. O personagem agradou tanto a garotada, que acabou virando também uma história em quadrinhos.

Mais tarde, em 1963, também apresentou o infantil Patrulheiros Kresto.

Dary Reis e Gilberto Martinho em O Falcão Negro

Capitão Estrela


No cinema, fez E Eles Não Voltaram (1960), O Homem Que Roubou a Copa do Mundo (1961), O 5º Poder (1962) e 22-2000 Cidade Aberta (1965), Papai Trapalhão (1968) e A Um Pulo da Morte (1969).

Em 1965 foi para a TV Excelsior, trabalhar no programa de Dercy Gonçalves, Dercy Beaucup. Eles já haviam trabalhando juntos no teatro.

Dary Reis e Dercy Gonçalves

Na Rede Globo, retornou as novelas, atuando em Anastácia, A Mulher Sem Destino (1967), A Última Valsa (1969), A Ponte dos Suspiros (1969) e Véu de Noiva (1969).

Dary Reis como o médico Dunerville em Anastácia, A Mulher Sem Destino

Dary fez inúmeras novelas na emissora, como o sucesso Irmãos Coragem (1970). Ele também atuaria em novelas como Bicho do Mato (1972), Cavalo de Aço (1973), Cuca Legal (1975), a primeira versão nunca exibida (e censurada) de Roque Santeiro (1975), Pecado Capital (1975), Escrava Isaura (1976), Sem Lenço, Sem Documento (1978), Água Viva (1980), Fera Radical (1988), Mulheres de Areia (1993), Irmãos Coragem (1995), A Próxima Vítima (1995), Força de Um Desejo (1999) e Bang Bang (2005), seu último trabalho na TV.

Gilberto Martinho, Dary Reis e Carlos Eduardo Dolabella em Irmãos Coragem

Dary Reis, Stênio Garcia, Tarcísio Meira e José Lewgoy em Cavalo de Aço

Lutero Luiz, Dary Reis e Lady Francisco em Pecado Capital

Darcy Reis e Gilberto Martinho em Escrava Isaura

Dary Reis também interpretou o Capitão Gancho no Sítio do Pica-Pau Amarelo, entre 1978 e 1984, e esteve em vários programas da linha de shows, como Os Trapalhões e Chico Anysio Show.

Dary Reis como o Capitão Gancho


No cinema, ainda atuou em Um Pulo da Morte (1969), Vale do Canaã (1971), Tormento (1972), Leão do Norte (1974), Nem os Bruxos Escapam (1975), Eu Matei Lúcio Flávio (1979), Os Paspalhões em Pinóquio 2000 (1980), A Longa Noite do Prazer (1983) e no italiano Eu, Você, Ele e os Outros (Non c'è senza quattro, 1984), produção rodada no Rio de Janeiro, estrelada pela dupla Bud Spencer e Terence Hill.

Jece Valadão e Dary Reis em Eu Matei Lúcio Flávio



Também atuou em três filmes dos Trapalhões: Os Trapalhões na Serra Pelada (1982), O Trapalhão na Arca de Nóe (1983) e Os Trapalhões e o Mágico de Oroz (1984), onde interpretou o Mágico de Oroz.



Torcedor do Flamengo e envolveu-se politicamente com o clube, chegando a ocupar os cargos de diretor de Relações Públicas e diretor de Futebol na administração de André Richer no início da década de 70. Após se aposentar das telas do cinema e da televisão, voltou a participar da vida política do clube.

Dary Reis foi casado com as atrizes Sônia Moraes e Leda Lúcia, e teve três filhos. Ele morreu no Rio de Janeiro em 26 de dezembro de 2010, aos 84 anos, vítima de complicações de uma doença no cérebro. 





Dary Reis e Sônia Braga, em fotonovela




Veja Também: A História de Zequinha e Quinzinho. Quinzinho também é conhecido como "O Anão dos Trapalhões"



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