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A história da icônica "Rosie, the Riveter": Conheça as personagens por trás desta figura, símbolo do feminismo






Muito provavelmente você já se deparou com a imagem de Rosie, the Riveter (Rosie, a Rebitadora) em algum momento, já que nas últimas décadas ela tornou-se um icône pop usada para enaltecer o poder feminino.





Está imagem, publicada pela primeira vez em 5 de julho de 1942 ficou conhecida como Rosie, the Riveter, que era um apelido dado para as mulheres que trabalhavam nas fábricas americanas durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve excassez de mão de obra no país, já que a maioria dos homens havia ido lutar no conflito na Europa.

Por muitos anos, Geraldyne Doyle (1924-2010) reivindicou ser a modelo do poster, e chegou a gozar desta fama, recebendo muitas homenagens. Porém, a verdadeira mulher que serviu de inspiração para o poster foi Naomi Parker Fraley (1921-2018), e o desenho foi feito baseado em uma foto sua trabalhando em uma fábrica, usando um macacão e uma bandana de bolinhas, usada para evitar que seus cabelos ficassem presos no maquinário.





Existia outro cartaz com um desenho de Naomi, mas este, hoje, não tem a mesma fama, e as outras modelos permanecem desconhecidas. Nele é possível ver que Naomi usa os mesmos trajes da versão popularizada com o tempo.





Mas se a modelo do poster se chamava Naomi Parker Fraley, por que a personagem ficou conhecida como Rosie? Bom, a explicação é um pouco complexa, mas começou em 1941, quando a imprensa canadense fotografou uma operária fabricando uma metralhadora em uma fábrica, e esta imagem circulou por todo os Estados Unidos, para incentivar as mulheres a irem trabalhar como operárias.

Esta mulher, entrentanto, chamava-se Veronica Foster (1922-2000), mas foi apelidade de "Ronnie, a Bren Gun Girl".





Ronnie era seu apelido, mas ela ainda não era uma Rosie.

No mesmo ano, nos Estados Unidos, a imprensa passou a destacar o trabalho de Rosalind Palmer Walter (1924-2020), uma rica herdeira de Long Island, que trocou as festas e colunas sociais por um emprego como rebitadora de aviões.

Os compositores Redd Evans e John Jacob Loeb então escreveram a música Rosie, the Riveter em homenagem a socialite Rosie Walter.





Gravada em disco pelo conjunto The Four Vagabonds, a canção fez um enorme sucesso nos EUA, e era tocada nas fábricas, para elevar o moral das operárias. Seu refrão, traduzido, dizia algo mais ou menos assim: "O dia todo, faça chuva ou faça sol, ela faz parte da linha de montagem, ela está fazendo história, trabalhando pela vitória, Rose a rebitadeira".






Rosie se tornou uma forma carinhosa de se referir a qualquer operária de uma fábrica durante os esforços da guerra. E outras mulheres foram nomeadas como sendo a Rosie "original". Como é o caso de Rose Will Monroe (1920-1997), que protagonizou um filme de propaganda de guerra, chamado Women on the Wapath (1943), entrentanto, este só foi produzido após a popularização da música, que chegou aos cinemas também em 1943, em um curta metragem musical (espécie de avô dos videoclipes),  cantada pelo trio Trio The Smoothies.


Rosie Will Monroe


Ao longo dos anos, historiadores apontaram também nomes como Rosalinda "Rosie" Bonavita e Adeline Rose O'Malley, como sendo as riveters originais.

E antes do famoso cartaz, Rosie ganhou sua primeira reprodução artística, desenhada pelo famoso artista Norman Rockwell, que a desenhou pisando no livro Mein Kampf, escrito por Hitler.

Ele usou como modelo sua vizinha, Doyle Keefe, que não era uma rebitadeira, mas sim uma telefonista.





Pouco tempo depois, o famoso cartaz usando o rosto de Naomi Parker Fraley foi criado, e hoje, seu desenho original, pertence a cantora Beyonce, que o adquiriu em um leilão.

Ao longo da guerra, foram feitos vários cartazes utilizando trabalhadoras das fábricas, as muitas Rosies, the Riveter. Desta forma, é comum termos a sensação de estarmos lendo uma notícia repetida quando nos deparamos com um obituário da "Rosie original", pois existiram diversas delas.

Mas em 12 de novembro de 2023 morreu "a última das Rosies the Riveter", Elinor Otto, aos 104 anos de idade. Otto, que embora nunca tenha sido modelo de material publicitário, recebeu este título porque ao contrário das outras mulheres, pediu para continuar trabalhando na mesma função na fábrica da Boeing, onde permaneceu até os 95 anos de idade, quando finalmente se aposentou.

Por este feito, recebeu tal apelido, e também muitas homenagens.


Elinor Otto



Vale lembrar que milhares de mulheres trabalharam nas fábricas durante a guerra, incluíndo a jovem e então desconhecida Marilyn Monroe, que também trabalhou na fabricação de aviões para a guerra.





E além do curta metragem, Hollywood também se rendeu a força e a imagem das Rosies, produzindo um longa metragem chamado justamente de Rosie the Riveter (1944), estrelado pela atriz Jane Frazee.




 



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