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A atriz Bibi Vogel, a estrela consciente


No final da década de 60 e durante toda a década de 70, a atriz e cantora Bibi Vogel foi uma estrela das artes brasileiras. Atriz e cantora, Bibi brilhava nos palcos, cinema e na televisão. E apesar da beleza, a artista não gostava de fazer fotos de biquíni, e nem apelar para seus dotes físicos, querendo ser lembrada pelo seu intelecto.


Sylvia Dulce Kleiner nasceu em São Paulo, em 02 de janeiro de 1942. Seus pais eram imigrantes judeus, que vieram par ao Brasil, fugindo da Europa, durante a Segunda Guerra Mundial. Sua família era formada por intelectuais (sua mãe havia sido cantora de ópera), e a menina cresceu em meio a cultura, e falava cinco idiomas.

Bibi começou na carreira como atleta, tendo jogado vôlei profissionalmente. Ela se formou em desenho na Escola Nacional de Filosofia, e foi professora por dois anos. Em 1964 ela conheceu o pistonista Bill Vogel, com quem se casou. Ele era músico do conjunto de Boker Pittman, e o casal se conheceu durante um show, no Brasil.

Em 1965 ela estreou no teatro, amador, atuando na peça O Ovo. No mesmo ano, com o marido, mudou-se para os Estados Unidos. Por intermédio de Bill, conheceu o brasileiro Sérgio Mendes, que estava fazendo um enorme sucesso no exterior.

Sérgio Mendes a convidou para ser backing vocal do seu conjunto, o Brazilian 66.


Em 1967 ela se separou do primeiro marido, e retornou ao Brasil, onde investiu na carreira de cantora. Ao mesmo tempo, retornou aos palcos teatrais. Sob direção de Augusto Boal, trabalhou na terceira montagem de Arena Contra Zumbi, e com o Teatro de Arena viajou para uma turnê em Buenos Aires. Lá, ela conheceu o ator e diretor argentino Alfredo Zemma, com quem se casou.



Bibi Vogel e Alfredo Zemma

Bibi estreou no cinema em Panca de Valente (1968) e no mesmo ano atuou em Anuska, Manequim e Mulher (1968).

Tony Vieira, Bibi Voigel e Silvio de Abreu, em Panca do Valente

Em 1969 atuou em Meu Nome é Tonho (1969) e no mesmo ano atuou na lendária montagem brasileira de Hair. O diretor Geraldo Viettri foi assistir ao espetáculo, e convidou a atriz para trabalhar na TV Tupi. Sua primeira novela foi Nino, O Italianinho (1969), que lhe rendeu um Troféu Imprensa de Atriz Revelação.

Bibi Vogel e Juca de Oliveira em Nino, o Italianinho

Ela ainda atuaria em A Fábrica (1971), Os Ossos do Barão (1973), O Espigão (1974), Bravo! (1975) e fez uma participação especial, como ela mesma, na novela Espelho Mágico (1977).

Edney Giovenazzi, Carmen Silva e Bibi Vogel em Os Ossos do Barão

No cinema, atuou ainda nos filmes Meu Nome É Tonho (1969), Elas (1970), A Radionovela (1971), Um Homem Célebre (1974), Motel (1974), Ipanema, Adeus (1975), Deixa, Amorzinho... Deixa (1975), O Pai do Povo (1976) e A Morte Transparente (1979).

Wagner Montes e Bibi Vogel em A Morte Transparente

Em 1979 Bibi teve sua única filha, Mayra, que nasceu em Buenos Aires. Morando na Argentina, deixou a carreira de atriz, e passou a dedicar-se a defender o direito das mulheres e causas humanitárias. Em 1980 ela fundou o grupo Mães Amigas do Peito, que defendia a conscientização sobre os benefícios da amamentação materna.

Bibi Vogel e a filha Mayra

Ao lado de Clodovil Hernandez, ainda apresentou o programa Manchete Shopping Show (1983), exibido pela TV Manchete. E após muitos anos afastadas, voltou a atuar na versão brasileira de Chiquititas, na temporada de 1997.


Em 03 de abril de 2004, Bibi Vogel faleceu, vítima de câncer no estômago, aos 61 anos de idade.







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