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Françoise Dorléac, a irmã que faltou



Françoise Dorléac é mais lembrada hoje em dia como a irmã mais velha de Catherine Deneuve, a estrela do cinema francês. Mas a bela e talentosa Françoise ficou famosa antes da irmã, e poderia ter se tornado uma lenda do cinema como Deneuve, se não tivesse falecido tão precocemente, com apenas 25 anos de idade.


Françoise Dorléac nasceu em Paris, em 21 de março de 1942. Filha dos atores Maurice Dorléac e Simone Simonot, ela é também irmã das atrizes Catherine Deneuve, Sylvie Dorléac e Danielle Dorléac. Danielle e Sylvie foram as primeiras a estrearem no cinema, como atrizes mirins, mas não deram continuidade a carreira artística.

Françoise também começou a atuar ainda criança, fazendo sua primeira peça aos 10 anos de idade. Após estudar no Conservatoire d'Art Dramatique, e de trabalhar como modelo para a Dior, Françoise estreou no cinema em Quando os Lobos Atacam (Les loups dans la bergerie, 1960). Em seu segundo filme, foi Les portes claquent (1960), contracenou pela primeira vez ao lado da irmã Deneuve.

 Catherine Deneuve e Françoise Dorléac

O começo de carreira da atriz foi promissor, fazendo muitos filmes como protagonista, sobre direção de cineastas importantes como Michel Deville e René Clair. Mas o estrelato só veio quando ela protagonizou Um Só Pecado (La peau douce, 1964), de François Truffaut. No mesmo ano, ela fez O Homem do Rio (L'Homme de Rio, 1964), ao lado de Jean-Paul Belmondo.

Françoise Dorléac e Jean-Paul Belmondo em O Homem do Rio

Filmado no Rio de Janeiro, o filme era uma espécie de paródia dos filmes de James Bond, feito muitos anos antes de Roger Moore encarnar o agente 007 na capital carioca. No elenco, o brasileiro Milton Ribeiro, o cantor Zé Ketti, e a francesinha mais brasileira do cinema, Annik Malvil. O Homem do Rio fez um grande sucesso comercial, e ajudou a projetar o nome de Dorléac.

Ainda em 64 ela fez A Caça ao Homem (La chasse à l'homme, 1964), onde novamente contracenava com Belmondo e com a irmã, Catherine Deneuve. Mas ao contrário de Deneuve, que tinha um ar mais sofisticado e misterioso, Dorléac, embora sempre elegante, ercanava personagens mais descontraídas, divertidas e despreocupadas.

A bela francesa logo chamaria a atenção de Hollywood, que a escalou para a super-produção Genghis Khan (Idem, 1965). O filme norte-americano foi rodada na Inglaterra, Alemanha e Ioguslávia, e tinha no elenco astros como Stephen Boyd, Telly Savallas, James Mason e Omar Sharif como o Genghis Khan. Françoise era Bortei, o interesse romântico de Sharif na fita.

Françoise Dorléac e Omar Sharif em Genghis Khan

No ano seguinte, faria outra produção norte-americana, agora para a MGM, Onde os Espiões Estão (Where the Spies Are, 1966), ao lado de David Niven. O filme foi rodado na Inglaterra, mesmo país onde ela filmou Armadilha do Destino (Cul-de-sac, 1966), de Roman Polanski.

A convite de Jacques Demmy, as irmãs famosas estrelaram Duas Garotas Românticas (Les demoiselles de Rochefort, 1967), uma homenagem do diretor aos velhos musicais de Hollywood. No elenco, além da estrela francesa Danielle Darrieux, os astros dos musiciais Gene Kelly e George Chakiris (de West Side Story).

Com música de Michel Legrand, Françoise dançou ao lado da lenda Gene Kelly.

A atriz estava terminando o seu próximo filme O Cérebro de um Bilhão de Dólares (Billion Dollar Brain, 1967), ao lado de Michael Caine e dirigido por Ken Russell, quando sofreu um acidente fatal de carro, em 26 de junho de 1967.

Françoise dirigia em alta velocidade, pois estava atrasada e com medo de perder um voo. A caminho do aeroporto, ela perdeu o controle do veículo e capotou. O carro pegou fogo, e a atriz ficou presa nas ferragens, morrendo carbonizada, com apenas 25 anos de idade.

Em sete anos de carreira, ela fez 21 filmes, e estava no auge do sucesso. O Cérebro de um Bilhão de Dólares foi finalizado, e sua participação foi mantida na obra, lançada meses depois de sua morte.

Michael Caine e Françoise Dorléac em O Cérebro de Um Bilhão de Dólares




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3 Comentários

  1. Recentemente encontrei no Spotify a trilha sonora de "Les demoiselles de Rochefort" (tem procurar lá como "The Young Girls of Rochefort"). Faz décadas que eu não vejo esse filme (acho que passava na "Sessão da Tarde"), mas lembrei-me das músicas. Aliás, há muitas músicas de Michel Legrand que relembram a minha infância.

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  2. she was young and not proud , she didnt saw the sign, she didnt had a bautiful life, she hadnt a lucky love, she didnt live in a happy nation, she didnt have angel eyes, she wasnt waiting for magic, she wasnt even dancing in daydreams, she want in a perfect world. she was living in danger, she got strange ways, she had love for sale

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