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Christopher Jones, o rebelde que não deu certo em Hollywod



Eleito o astro mais promissor de Hollywood em 1966, pela revista Photoplay, e astro do clássico A Filha de Ryan (Ryan's Daughter 1972), Christopher Jones teve uma carreira meteórica, mas deixou Hollywood no auge da fama, após algumas decepções, mas também se envolveu em algumas polêmicas.



William Frank Jones nasceu em Jackson, Tennessee, em 18 de agosto de 1941. Christopher Jones nasceu em uma família muito pobre, e quando ele tinha quatro anos de idade sua mãe foi internada em uma clínica psiquiátrica por problemas mentais,

Jones foi enviado para um orfanato, e passou a infância sendo transferido por diversas casas de adoção. Quando estava no serviço de adoção, alguém disse que ele lembrava James Dean, e ele acabou crescendo obcecado pela imagem do ator.

Sem nunca ser adotado, ele se alistou ao exército ao completar 18 anos, mas após dois dias de alistamento desapareceu, o que lhe causou uma condenação a seis meses de prisão militar. Após deixar a prisão e o exército, ele mudou-se para Nova York para tentar a carreira de ator, mas antes passou por Indiana, cidade natal de James Dean, e acabou hospedado na casa dos parentes do ator.

Em Nova York ele conseguiu um papel importante na Broadway, atuando na pela The Night of the Iguana, de Tennessee Williams. A estrela da peça, Shelley Winters, gostou do estilo do ator, e o apresentou ao professor de atuação Lee Strasberg, do Actor's Studio. Jones foi aceito na famosa escola que havia formado Shelley Winters e James Dean.

Em 1965 Jones se casou com Susan Strasberg, a filha de Lee Strasberg, e em 1966 eles tiveram uma filha, Jennifer Robin Jones.


Christopher Jones e Susan Strasberg

Agora morando em Hollywood, ele foi escalado para protagonizar a série The Legend of Jesse James (1965-1966), da ABC.



Quando a série foi cancelada, ele aceitou um papel em Pelos Mares do Mundo (Chubasco, 1968), onde contracenava com a esposa Susan Stasberg. Mas o casal brigou tanto durante as filmagens, que o casamento não resistiu, e eles se divorciaram em 1968.



Seu próximo papel foi com um astro do rock em Violência nas Ruas (Wild in the Streets, 1968), que se tornou um cult. No filme, ele contracenava com Diane Varsi e Shelley Winters, a grande incentivadora de sua carreira.

No mesmo ano atuou em Three in the Attic (1968).


Christopher Jones e Shelley Winters em Violência nas Ruas

Jones então foi para à Europa, onde atuou em Um Verão Com Você (Una Breve Stagione, 1969) e A Guerra no Espelho (The Looking Glass War, 1970), ambos estrelados pela sua então namorada Pia Degermark.


Christopher Jones e Pia Degermark em Um Verão Com Você

Jones então foi escalado pelo diretor David Lean para atuar em  A Filha de Ryan (Ryan's Daughter 1972). Como na maioria das vezes, a relação de Jones e Lean não foi boa, devido ao excesso de perfeccionismo do diretor. As filmagens deveriam durar seis meses, mas ultrapassaram um ano.

Jones chegou a ter um colapso nervoso durante as gravações.


Sarah Millers e Christopher Jones em A Filha de Ryan

Ainda durante as filmagens, a atriz Sharon Tate, grávida, foi assassinada por Charles Mason e seu bando. Jones ficou extremamente abalado, porque eles eram amigos. Anos mais tarde, ele confidenciou que teve um caso com Tate pouco antes de sua morte, quando ela já era casada com Roman Polanski.

Nesta época, ele era namorado de Olivia Hussey, a estrela de Romeu e Julieta (Romeo & Juliet, 1969).


Olivia Hussey e Christopher Jones

Jones resolveu abandonar a carreira de ator após a morte de Sharon Tate, e se recusou a dublar suas falas em A Filha de Ryan, obrigando David Lean a dublar seu personagem, o que foi muito mal visto em Hollywood, e dificultou seu retorno às telas quando ele esboçou este interesse.

Mas seu comportamento explosivo também foi um das reais causas por sua carreira ter terminado. Jones foi um namorado abusivo e violento com Susan Strasberg e com Pia Degermark, e em sua autobiografia Olivia Hussey contou anos mais tarde que foi estuprada pelo ator.

Ela tinha 16 anos e havia acabado de se mudar para Hollywood, e seu agente acabou alugando a casa onde Sharon Tate havia sido assassinada, poucas semanas antes. Ela conheceu Jones nos Estados Unidos, mas o namoro durou pouco, e eles já haviam terminado quando ela se mudou para a fatídica casa.

Jones morava na residência vizinha, uma noite invadiu a casa,  e entrou no quarto de Olivia, onde a estuprou e espancou violentamente. "Eu achei que ele ia me matar" disse Hussey. "Meu rosto ficou todo inchado, parecia um balão. Meu nariz sangrava e minha boca estava cortada, e eu fiquei com um olho roxo. Foi assustador."


Após ser estuprada, Olivia descobriu que estava grávida. Ela interrompeu a gravidez, como relatou em suas memórias. "Decidi que não poderia ter o bebê, isto partiu o meu coração... embora eu nunca tenha me arrependido."

Christopher Jones tornou-se pintor e escultor após parar de atuar. Ele se casou algumas vezes, e teve outros seis filhos.

Em 1994 Quentin Tarantino o convidou para atuar em Pulp Fiction: Tempo de Violência (Pulp Fiction, 1994), mas ele recusou o papel, embora tenha aceitado atuar na comédia Prazer em Matar-Te (Mad Dog Time, 1996), que era dirigida por seu amigo Larry Bishop.

Christopher Jones morreu de câncer em 31 de janeiro de 2014, aos 72 anos de idade.


Christopher Jones em Prazer em Matar-Te 




Veja Também: Tributo a Olivia Hussey




Veja também: Tributo a Cary Grant




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