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O Grande Paulo Silvino, de cantor de rock pioneiro a comediante


Conhecido pelos seus diversos trabalhos em programas humorísticos, Paulo Silvino foi um grande comediante brasileiro, mas começou a sua carreira como cantor, sendo um dos primeiros interpretes do rock' and roll no Brasil.




Paulo Ricardo Campos Silvino nasceu no Rio de Janeiro em 27 de julho de 1939. Ator, cantor, compositor, humorista, Paulo Silvino era filho da pianista Naja Silvino e do humorista Silvino Neto, que foi muito popular entre as décadas de 1930 e 1950.


Silvino Neto

Lembrando pelos inúmeros personagens cômicos que criou na televisão, Paulo Silvino entretanto começou sua carreira como cantor, sendo um dos primeiros cantores de rock do Brasil. Ele também cantaria sambas e brevemente fez parte do movimento Bossa Nova, que levou a música brasileira para o mundo.

Na década de 1950, Silvino Netto, que havia sido um grande cartaz do rádio, estava trabalhando na TV Rio, e conseguiu para o filho um emprego de produtor. Na mesma emissora, também trabalhava o polêmico apresentador e produtor Carlos Imperial, que apresentava na época o programa Club do Rock, um dos primeiros programas da televisão a dar espaço para este gênero musical.

Usando o nome artístico de Dixon Savannah, Paulo Silvino começou a cantar rock, também se apresentando no programa de Imperial.


O cantor Paulo Silvino


Ele gravou seu primeiro disco, em inglês, em 1959. Antes disto, Silvino havia aparecido no filme Sherlock de Araque (1957), acompanhado por uma banda de rock, organizada por Carlos Imperial.


Paulo Silvino (Dixon Savannah) cantando rock no filme Sherlock de Araque


Ainda com Imperial, ele apareceu dançando rock (com Violeta Ferraz) no filme Minha Sogra é da Polícia (1958), ao som de uma banda de rock que era composta por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Cauby Peixoto.


Paulo Silvino e Violeta Ferraz em Minha Sogra é da Polícia


Depois o cantor, usando o nome de Silvino Júnior, enveredou pela Bossa Nova, e em 1960 gravou um disco de sambalanço chamado Nova Geração Em Ritmo de Samba, que tinha participação de nomes como Claudette Soares e Altamiro Carrilho.


Paulo Silvino tocando violão


Na década de 1960 ele também começou a trabalhar como ator, participando de espetáculos do teatro de revista, alguns deles, como Anjinho Bossa Nova (1963), escrita por ele mesmo.










Seu pai, um ator veterano, então disse ao filho que a carreira de cantor (ele mesmo havia sido cantor no começo de carreira), e ator de teatro não dava dinheiro, e que ele precisava conseguir entrar na televisão.

O primeiro programa de Paulo Silvino, como comediante, foi Fizozdelongo (1964), na pequena TV Bauru, no interior de São Paulo.



Silvino Neto na TV Bauru


No ano seguinte, voltou para a TV Rio, onde apresentou o programa K Louros e Morenos (1965), que ficou pouco tempo no ar. Depois, na Rede Globo, atuou em TV-Ó, Ano Zero (1965), o primeiro programa de humor da emissora.




Depois, estrelou o programa Os Psicodélicos (1967), e começou a aparecer em diversos programas da linha de show da Globo, até 1968, quando foi demitido pelo canal.

O Brasil vivia os anos de chumbo da ditadura militar, e as piadas do humorista incomodaram a censura, obrigando a Globo encerrar o seu contrato com Silvino.

Paulo Silvino então foi para a Excelsior, atuando em programas como Ari Leite Show e Condomínio da Alegria. Depois, foi para a TV Tupi, onde apresentou o programa Crê com Crê, Sem o Zé, ao lado de José Vasconcelos.



Paulo Silvino na Tupi


Silvino voltaria para a Globo em 1970, atuando em programas lendários como Faça Humor Não Faça Guerra, Satiricom, Planeta dos Homens, Balança Mais Não Cai, Viva o Gordo, Os Trapalhões, Chico City, entre outros. Seu pai, Silvino Neto, havia trabalhado com Chico Anysio na Rádio Mayrink Veiga, na década de 1950.

Curiosamente, ele também trabalhou como narrador da novela O Pulo do Gato (1978).




Em 1988 o ator chegou a substituir o velho guerreiro no programa Cassino do Chacrinha, antes do apresentador João Kleber assumir o programa.

No SBT, atuou na Praça é Nossa e na Escolinha do Golias (entre os anos de 1989 e 1992) e depois fez a Escolinha do Professor Raimundo (1993-1995). Também atuaria na Escolinha do Barulho (1999), na TV Record.









Em 1997 o ator fez uma participação especial na novela Zazá, interpretando o diretor de um programa de culinária. Seu filho, o ator Paulo Silvino (nascido em 1971), fez sucesso como ator de novelas, destacando-se em Vamp (1991), e também lançou-se na carreira de cantor (como o pai e o avô fizeram), mas sofreu um grave acidente de carro em 1993, que lhe deixou com sequelas permanentes.



Paulo e Flavio Silvino


No ano de 2000 Paulo Silvino ingressou no elenco do programa Zorra Total, onde fez diversos personagens, como o mulherengo Alceu, e o porteiro Severino (dono do bordão cara, crachá).




Ele ficou no elenco do programa até 2017, mesmo após a renovação do programa, que passou a se chamar somente Zorra.


Paulo Silvino e Orlando Drummond no Zorra Total




No cinema, ainda atuou em O Rei da Pilantragem (1969), Um Edifício Chamado 200 (1974), Muita Calma Nessa Hora 2 (2014), Até que a Sorte Nos Separe 3: A Falência Final (2015) e Gostosas, Lindas & Sexies (2017).



Paulo Silvino em O Rei da Pilantragem


Paulo Silvino em Até que a Sorte Nos Separe 3: A Falência Final


Em julho de 2016 o ator descobriu que estava com câncer de estômago, começou o tratamento e fez uma operação. Ele continuou trabalhando, apesar do severo tratamento, mas em 17 de agosto de 2017 acabou perdendo a batalha contra a doença, falecendo aos 78 anos de idade.

Paulo Silvino chegou a escrever livros eróticos com o nome de Brigitte Bijou. Casado com Diva Plácido desde 1964, ele teve três filhos, Isabela, João Paulo e Flávio Silvino.









Veja Também: A História de Zequinha e Quinzinho. Quinzinho também é conhecido como "O Anão dos Trapalhões"








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