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Paulo Figueiredo Completa 84 Anos de Idade


Mais conhecido pelos seus trabalhos na televisão, o paulista Paulo Figueiredo é um dos atores mais queridos no meio artístico. Discreto e reservado, ele também brilhou no cinema, onde também foi diretor, além de ter investido na carreira de cantor, um fato hoje desconhecido por muitos.


Paulo Figueiredo nasceu em São Paulo, em 06 de março de 1940. Seu pai, Sebastião Figueiredo era dono de uma lavanderia, mas também era um talentoso músico amador multi-instrumentista. Incentivado pelo pai, Paulo desenvolveu o gosto pela música, e aos 10 anos de idade começou a frequentar programas de calouro, se apresentando como cantor.

Paulo também tocava violão, e formou uma dupla mirim ao lado do irmão Napoleão Figueiredo, que mais tarde ficaria conhecido como desenhista de histórias em quadrinhos, tendo feitos muitas capas para os gibis da Disney. (Paulo também é um grande desenhista, e pinta quadros a óleo nas horas vagas).

Paulo e Napoleão Figueiredo

Paulo Figueiredo lendo um gibi do Zé Carioca

Aos 14 anos o cantor Paulo Figueiredo já se apresentava em shows pelo interior de São Paulo, e aos 17 foi contratado como cantor galã para se apresentar nas peças do Circo do Piolin, onde sua mãe Dionísia Alves Figueiredo também fazia algumas figurações.

Paulo Figueiredo gravou alguns discos, cantando sambas, guaranias e boleros, e foi no circo que conheceu a jovem Iara, com quem montou a dupla Paulo e Iara.


Ao lado de Iara Paulo fez suas primeiras apresentações na televisão, como cantor. Em 1963 ele participou cantando do programa Quem Quiser Que Cante Outra, na TV Excelsior. Na ocasião, também tocou violão, e impressionou os produtores da emissora.

Tanto que quando começaram a produzir a novela O Caminho das Estrelas (1965), estrelada pelo cantor Agnaldo Rayol. A Excelsior precisava de um jovem ator que tocasse violão, e lembrou de Paulo Figueiredo, que deveria aparecer em apenas algumas poucas cenas, mas as fãs gostaram do jovem ator revelação, e seu papel foi ampliado na trama.

Na Excelsior, Paulo fez A Outra (1965), Ninguém Crê em Mim (1966), Almas de Pedra (1966), Anjo Marcado (1966), O Grande Segredo (1967) e foi o jovem Heathcliff em O Morro dos Ventos Uivantes (1967).

No canal também foi roteirista das séries de aventura Canal 9 Contra o Senhor Espectro (1965), O Diabólico Dr. Z (1965) e O Agente Especial C-9 (1965).

Nelson Turini, David Cardoso, Paulo Figueiredo e Silvio de Abreu (futuro autor de novelas, na época em que era ator) em O Grande Segredo

Glória Menezes e Paulo Figueiredo em O Grande Segredo

Debora Duarte e Paulo Figueiredo em Ninguém Crê em Mim

Ao lado de Jovelty Archangêlo, Paulo Figueiro tornou-se um dos jovens galãs da emissora que mais recebia cartas das fãs, que o apelidaram de "o moreno de olhos tristes" devido aos papéis de bom moço que sempre era enganado por pessoas inescrupulosas.

Mas a fama de galã não fez Paulo perder a cabeça ou se deslumbrar com o sucesso. Ele nunca era visto em festas ou badalações, como outros jovens atores. Muito discreto, ele se casou em 1967 com a atriz Maria Emília, com quem teve três filhos: Paulo César, Giselle e Luciana. Juntos até hoje, o casal já ultrapassou as bodas de ouro.

Paulo Figueiredo com a esposa e os filhos

A TV Tupi, grande produtora de teledramaturgia da época então contratou Jovelty Archangêlo e Paulo Figueiredo, que voltaram a contracenar em O Décimo Mandamento (1968). Depois o ator atuou em O Rouxinol da Galileia (1968), primeira novela bíblica da televisão brasileira.

Riva Nimitz, Paulo Figueiredo e Jovelty Archangêlo em O Décimo Mandamento

Mas foi como o inocente Otávio de Antônio Maria (1968) que o ator consagrou-se nacionalmente, principalmente devido ao grande sucesso da novela. Ao lado de Gian Carlo, Tony Ramos e Dennis Carvalho, Paulo Figueiredo tornou-se um dos maiores ídolos das telenovelas da época. As fãs se compadeciam com as maldades que o rapaz sofria nas mãos de Glorinha (Annamaria Dias), que fingia ser rica.

Gian Carlo, Paulo Figueiredo, Tony Ramos e Dennis Carvalho

Na Tupi, Paulo emendou trabalhos, atuando em muitas novelas da emissora, como Nino, O Italianinho (1969), Simplesmente Maria (1970), A Fábrica (1971) e O Preço de Um Homem (1971) e Vitoria Bonelli (1972).

Paulo Figueiredo, Irene Ravache e Ênio Gonçalves em Simplesmente Maria

No começo dos anos de 1970 ele era um dos artistas mais requisitados para ciceronear bailes de debutantes. O sucesso nos bailes das jovens da sociedade fez Paulo Figueiredo retomar a carreira cantor, com direito inclusive a gravar "A Valsa das Debutantes" e "A Valsa dos 15 Anos".

Ao lado da atriz Ana Rosa, Paulo também gravou um compacto pela Continental onde a dupla cantava Pequena Marcha Para Quem Não Sabe Cantar, versão de Silvio César para Je T'Aime, Moi Non Plus, de Serge Gainsburg.



Ana Rosa e Paulo Figueiredo

Em 1970 Paulo Figueiredo estreou como diretor de cinema, dirigindo o curta-metragem Afonso, o Sonso (1970), que era estrelado por Pedro Cassador, seu colega de elenco de A Fábrica. O filme ganhou menção honrosa no II Festival Nacional de Curta Metragens.  Paulo ainda dirigiu outros dois curtas, Vampiro (1970) e Afonso, O Abstrato (1971).


Em 1971 ele também tornou-se produtor do longa Diabólicos Herdeiros (1971), que foi dirigido por Geraldo Vietri. Este foi o primeiro filme em que Paulo Figueiredo atuou. No mesmo ano ele fez um segundo filme, No Rancho Fundo (1971), que também rendeu um disco com o ator cantando a música tema.

Paulo Figueiredo e Elizabeth Hartman


De volta as novelas, ainda na Tupi, atuou em Os Inocentes (1974), A Barba Azul (1974), Meu Rico Português (1975), Canção Para Isabel (1976), Os Apóstolos de Judas (1976), O Profeta (1977) e Éramos Seis (1977).

Paulo Figueiredo, Chico Martins, Márcia Maria e Jacira Sampaio em Meu Rico Português

Wanda Stefânia e Paulo Figueiredo em Canção Para Isabel

O grande elenco de Éramos Seis

Na segunda metade da década de 1970 o ator também fez muitos trabalhos no cinema, atuando em Tiradentes - O Mártir da Independência do Brasil (1976), Senhora (1976), Que Estranha Forma de Amar (1978) e Adultério por Amor - Uma Sem Vergonha (1979). Ele também estrelou O Gênio do Sexo (1979), primeiro longa-metragem que dirigiu.


Adriano Reyes e Paulo Figueiredo em Tiradentes - O Mártir da Independência do Brasil 

Elaine Cristina e Paulo Figueiredo no cartaz de Senhora

Paulo Figueiredo e Jussara Freire em Adultério por Amor

Seu amigo Tony Ramos já estava na Globo, e convidou Paulo Figueiredo para mudar de emissora. A Tupi, que começava a atrasar os salários, demonstrando a crise que levaria ao seu fim pouco tempo depois, e Paulo aceitou o convite. Na Rede Globo, seu primeiro papel foi na novela A Sucessora (1978). Na época, ele se programava para dirigir um novo filme, de temática espírita, mas teve que abandonar o projeto devido aos compromissos com a novela.

Mas seu primeiro grande sucesso no canal foi como o Otávio de Marron Glacê (1979).

Paulo Figueiredo com Sura Berditchevsky e Louise Cardoso em Marrom Glacê

Paulo fez muitos trabalhos na Globo, como Coração Alado (1980), Baila Comigo (1981), Terras do Sem Fim (1981), Sol de Verão (1982), Voltei Para Você (1983), Corpo a Corpo (1984) e Hipertensão (1986).

Depois foi convidado pela TV Manchete, onde tornou-se o apresentador do Programa de Domingo (1986-1987), ao lado de Bia Seidl. Na emissora, também dirigiu o programa A Nave da Fantasia, estrelado por Simony e sua prima Luciana.

Renato Pupo, Simony, Luciana, Paulo Figueiredo e Daniel Barcellos em A Nave da Fantasia

Sem contratos fixos, Paulo Figueiredo então começou a trabalhar em diversas emissoras. Na Manchete ele ainda atuaria na série Fronteiras do Desconhecido (1990) e seria o roteirista da série A Ilha das Bruxas (1991).

O ator retornou a Globo em algumas ocasiões, onde fez O Outro (1987), Bebê a Bordo (1988), O Sexo dos Anjos (1989), Meu Bem, Meu Mal (1991), O Dono do Mundo (1991), Felicidade (1991) e De Corpo e Alma (1992). Também atuou em alguns especiais e na minissérie Anos Rebeldes (1992) e La Mamma (1990), que também dirigiu. Foi roteirista de alguns dos especiais de Roberto Carlos, além de fazer diversos quadros no programa Os Trapalhões.

Roberto Carlos, João Carlos Barroso e Paulo Figueiredo

Com os Trapalhões também atuou no filme Os Heróis Trapalhões - Uma Aventura na Selva (1988). Na década de 1980 também atuou em O Diabo na Cama - Tá Repreendido em Nome de Jesus (1988), além de ter estrelado e dirigido o longa O Médium (1983).


No SBT atuou no remake de Éramos Seis (1994), Sangue do Meu Sangue (também foi roteirista, 1995) e Antônio Alves , Taxista (1996). Na Bandeirantes, atuou em Perdidos de Amor (1996) e Serras Azuis (1998), que também dirigiu. E novamente na Globo, esteve em Por Amor (1997), Terra Nostra (1999), Laços de Família (2000), Coração de Estudante (2002), Kubanacan (2003), Mulheres Apaixonadas (2003), e Da Cor do Pecado (2004).



Em 2001 o ator havia atuado em Roda da Vida (2001), na TV Record. Em 2004 ele foi contratado pela emissora, onde permanece até hoje. Na Record, Paulo esteve no sucesso A Escrava Isaura (2004), além de ter feito Prova de Amor (2005), Luz do Sol (2007), Amor e Intrigas (2007), Mutantes: Promessas de Amor (2009), Balacobaco (2012) e Amor Sem Igual (2019). 

Paulo Figueiredo e Patricia França em A Escrava Isaura

Também fez produções bíblicas, que tem feito sucesso na emissora nas últimas décadas. Paulo Figueiredo esteve no elenco de A História de Ester (2010), Rei Davi (2012), Milagres de Jesus (2014), Os Dez Mandamentos (2015), O Rico e o Lázaro (2017), Jesus (2018) e atualmente está no elenco de Gênesis (2021).

Paulo Figueiredo em Os Dez Mandamentos

Os Dez Mandamentos foi adaptada para os cinemas em 2016. Nas telas grandes, Paulo Figueiredo ainda atuou em O Caminho dos Sonhos (1998) e E a Vida Continua (2012), que também marcou seu retorno a função de diretor cinematográfico. O filme era um antigo projeto do artista que ele havia deixado de lado quando assinou contrato com a Globo pela primeira vez.



Paulo Figueiredo e esposa


Paulo Figueiredo atualmente



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