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Elvis Presley, o rei do rock no cinema


Seria preciso páginas e páginas para falar sobre Elvis Presley, que revolucionou o mundo da música, e é um dos maiores ícones pop do século XX. Como somos uma página de cinema, falaremos aqui de sua trajetória cinematográfica, que também é bastante extensa, com 31 filmes feitos em um período de 13 anos.

Elvis estreou como cantor em 1954, e em 1956 já era tão popular que Hollywood não podia deixá-lo escapar. Os estúdios tinham muitos galãs cantores, mas nenhum deles tinha Elvis Presley.

O cantor estreou no cinema em Ama-me com Ternura (Love me Tender, 1956), tendo como par romântico a estrela Debra Paget, por quem ele se apaixonou nas filmagens, e chegou a propor casamento, mas a atriz disse não ao rei.

Cartaz de Ama-me com Ternura

Este foi o único filme em que um personagem seu morre. O filme orginalmente se chamaria The Reno Brothers, mas o título foi alterado para promover a canção Love Me Tender, o título original em inglês da obra. Tom Parker, seu empresário, via nos filmes de Elvis um único objetivo: vender discos.

Talvez por isso, Elvis nunca tenha tido maiores chances como ator, tendo rescusado inclusive papéis mais desafiadores a mando de Parker. Normalmente, as produções estreladas pelo rei tinham enredos parecidos, e Elvis interpretava praticamente o mesmo personagem: um rapaz simples, adorado pelas mulheres, que se envolvia em algumas brigas e cantava no meio de tudo isto. Era a chamada "fórmula Elvis".

Em seu segundo filme, A Mulher que Eu Amo (Loving You, 1957), Elvis contracenou com a atriz Dolores Hart, uma estrela em ascensão que abandonaria a carreira pouco tempo depois, para se tornar freira.

Dolores Hart e Elvis Presley em A Mulher que Eu Amo


Em seguida ele fez O Prisioneiro do Rock (Jailhouse Rock, 1957). Embora seja considerado um de seus melhores filmes, Elvis se recusava a vê-lo. Duas semanas após o término das filmagens, sua colega de elenco Judy Tyler faleceu em um acidente de carro com apenas 24 anos de idade. Dizem que assim como Deba Paget, Elvis havia se apaixonado por ela durante as filmagens.


Elvis Presley e Judy Tyler em O Prisioneiro do Rock

Em seguida Elvis atuou em outro dos seus melhores filmes, Balada Sangrenta (King Creole, 1958). Dirigido por Michael Curtiz, o mesmo diretor de Casablanca (Idem, 1942). No filme, Elvis disputava o coração de Dolores Hart novamente, além de também encantar as beldades Carolyn Jones e Liliane Montevich. Balada Sangrenta era um projeto antigo dos estúdios, que estava engavetado desde 1955, quando seu astro original, o ator James Dean, faleceu em um acidente de carro aos 24 anos de idade, assim como a atriz Judy Tyler.


Após fazer mais do mesmo em Saudades de Um Pracinha (G. I . Blues, 1960), Elvis atuou no western Estrela de Fogo (Flaming Star, 1960). Neste filme ele aparecia cantando apenas uma canção, e contracenava com a futura Jeannie é Um Gênio Barbara Eden. A crítica considera este a sua melhor atuação.

Elvis Presley e Barbara Eden em Estrela de Fogo

Mas apesar das boas críticas, Tom Parker não deixou Elvis aceitar papéis mais desafiadores, e ele retornou a fórmula em Coração Rebelde (Wild in the Country, 1961), ao lado de Tuesday Weld. Na sequência ele fez Feitiço Havaiano (Blue Hawaii, 1961), seu maior sucesso de bilheteria. Tom Parker ficou extremamente satisfeito, porque o disco deste filme foi o mais vendido de sua carreira.

Elvis Presley em Feitiço Havaiano 

Mas a "fórmula Elvis" começou a se desgastar. Os roteiros fracos e repetitivos começaram a dar menos bilheteria, e nem o "rei do rock" conseguia salvar a decadência de seus filmes. 

Atores mais renomados começaram a contracenar com o astro. Em Talhado para Campeão (Kid Gallaham, 1962), ele contracenou com Gig Young e Charles Bronson. E em Garotas e Mais Garotas (Girls! Girls! Girls!, 1962) contracenou com a sensação do momento Stella Stevens.

Charles Bronson, Gig Young e Elvis Presley em Em Talhado para Campeão

Em Loiras, Morenas e Ruivas (It Happened at the World's Fair, 1963), ele contracenou com o futuro astro Kurt Russell, que aparece em cena apenas chutando a canela de Elvis Presley. Esta cena foi repetida anos mais tarde em 3000 Milhas Para o Inferno (3000 Miles to Graceland, 2001). No filme, Russell interpreta um imitador de Elvis, e um garoto chuta-lhe a canela em Las Vegas. 

Kurt já havia interpretado o cantor em Elvis Não Morreu (Elvis, 1979), primeiro filme sobre a vida do cantor, dirigido por John Carpenter. Curiosamente, John Carperter era o nome do último personagem de Elvis no cinema. 

Kurt Russel como Elvis Presley

Kurt Russell também fez a voz de Elvis Presley em Forrest Gump, o Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994).

Kurt Russell chutando Elvis Presley em Loiras, Morenas e Ruivas

Elvis tenou inovar, contracenando com ele mesmo em Com Caipira Não Se Brinca (Kissin' Cousins, 1964). Ele interpretava dois primos, um moreno e outro loiro, usando uma peruca. Pouca gente sabe, mas o cabelo de Elvis era claro, quase loiro, e era pintado semanalmente de preto para lhe dar um ar mais rebelde.

Elvis Presley contracenando com ele mesmo em Com Caipira Não Se Brinca 

Dois filmes de Elvis ainda fariam muito sucesso, Amor a Toda Velocidade (Viva Las Vegas, 1964) e Carrossel de Emoções (Roustabout, 1964). Os outros eram produções fracas, que já não agradavam tanto os espectadores, ainda mais depois da explosão do fênomeno The Beatles.

Em 1967 Elvis se casou com Priscilla Presley, que se tornaria atriz a partir da década de 80. Antes disso, Elvis havia pedido a atriz Tura Satana em casamento, mas esta recusou a oferta, embora tenha ficado com o anel presenteado pelo cantor. Dizem que Priscilla pasou a adorar o penteado de Tura para agradar o marido.

Priscilla Presley e Elvis Presley, no dia de seu casamento

Por conta de Tom Parker, ele perdeu oportunidades de atuar em filmes importantes como Lágrimas do Céu (The Rainmaker, 1956), Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof, 1958), Amor, Sublime Amor (West Side Story, 1961), O Doce Pássaro da Juventude (Sweet Bird of Youth, 1962) e Perdidos na Noite (Midnight Cowboy, 1969). Elvis também deixou de atuar com Robert Mitchum, seu ator favorito em A Lei da Montanha (Thunder Road, 1958), além de ter que recusar o papel em Onde Começa o Inferno (Rio Bravo, 1959), por conta de seu compromisso com o exército. O papel que seria de Elvis acabou com o também  roqueiro Ricky Nelson.

Em 1970, com barba, ele se aventurou em um filme sério, Charro! (Idem, 1970), onde não cantava nenhuma canção. Mas sua imagem já estava associada demais ao personagem Elvis, e o filme não agradou. Presley tentou entrar em O Poderso Chefão (The Godfather, 1972), ambicionando interpretar Don Vitto Corleone, mas o diretor Francis Ford Coppola não o deixou fazer o teste. Mesmo com a carreira começando a entrar em decadência, ele recusou atuar em A Fantástica Fábrica de Chocolates (Willy Wonka & The Chocolate Factory, 1972).

Sua última atuação no cinema foi em Ele e as Três Noviças (Change of Habit, 1969), ao lado de Mary Tyler Moore.

Mary Tyler Moore e Elvis Presley em  Ele e as Três Noviças 

Em 1976 Barbra Streissand convidou o cantor, afastado das telas há alguns anos, para contracenar com ela no remake de Nasce uma Estrela (A Star is Born, 1976). Era um papel disputado, e astros como Marlon Brando, Neil Diamond e até Mick Jagger estava interessado. Tom Parker entretanto recusou a oferta, pois o nome de Elvis aparecia depois do de Barbra nos créditos iniciais. Kris Kristofferson ficou com o papel. Em 1978 Tom Parker também recusou que seu astro atuasse em Grease, nos Tempos da Brilhantina (Grease, 1978), e o papel acabou com John Travolta.

Elvis Presley faleceu em 16 de agosto de 1977, com apenas 42 anos de idade.






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3 Comentários

  1. Peut être un bon chanteur, mais pas un vrai acteur ... dommage que par sa naïveté, il n ai pas remarqué qu il était devenu un produit de consommation.

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  2. Só não entendi como Tom Parker recusou que Elvis trabalhasse em Grease, se o filme é de 78 e o rei do rock faleceu em 77

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  3. É muito difícil para alguém que não viveu a época de Elvis compreender toda a extensão de sua influência e importância. O cara foi único. E um erro muito comum da crítica é considerá-lo apenas como um bom (nem sempre) cantor. O mundo está cheio de bons cantores, mas só houve um Elvis Presley.

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