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Faye Dunaway completa 83 anos de idade


A bela e talentosa Faye Dunaway, dona de um olhar frio e a capacidade de interpretar papéis complexos, foi protagonista de diversos clássicos da chamada "Segunda Era de Ouro de Hollywood", consagrando-se uma das maiores estrelas do mundo cinematográfico.


Dorothy Faye Dunaway nasceu em Bascom, Flórida, em 14 de janeiro de 1941. Na juventude, Faye participou de alguns concursos de beleza locais e cursou a Universidade da Flórida. Em 1962 ela ganhou uma bolsa de estudos para atuar em uma conceituada universidade em Londres, mas abriu mão da bolsa para atuar em uma produção da Broadway.

Faye logo conquistou o respeito nos palcos, e chegou a recusar um papel na novela The Guiding Light, em 1965, pois queria ser uma atriz respeitada, e não apenas famosa. Dirigida por Otto Preminger, estreou no cinema em O Incerto Amanhã (Hurry Sundown, 1967).

Faye Dunaway e John Phillip Law em O Incerto Amanhã

No mesmo ano, atuou em Acontece Cada Coisa (The Happening, 1967) e no clássico Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas (Bonnie and Clyde, 1967), que lhe valeu sua primeira indicação ao Oscar. O papel de Bonnie Parker havia sido recusado por grandes estrelas da época, como Jane Fonda, Ann-Margret, Tuesday Weld e Natalie Wood, e foi disputado por outras estrelas como Leslie Caron, Sue Lyon, Carol Lynley, Jean Hale, Cher e até Shirley MacLaine, a irmã de Warren Beatty (claro, antes dele ser escalado para viver o protagonista Clyde).

O sucesso do filme abriu as portas do estrelato para Dunaway, que se tornou mundialmente famosa após seu terceiro filme.

Faye Dunaway e Warren Beatty em Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas 

Ao lado de Steve McQueen, atuou em Crown, o Magnífico (The Thomas Crown Affair, 1968), outro grande sucesso em sua carreira. Nos anos seguintes a atriz atuou muito, aparecendo em obras menos sucedidas como Confissões de Uma Modelo (Puzzle of Downfall Child, 1970) e sucessos como O Pequeno Grande Homem (Little Big Man, 1970). Também conciliou sua carreira com o teatro, e atuou em filmes feitos para a televisão, como o bem sucedido Os Três Mosqueteiros (The Therre Musketeers, 1973), e sua sequência, feita em 1974.

Steve McQueen e Faye Dunaway em Crown, o Magnífico

Em 1974 a atriz não mediu esforços para conseguir o papel de protagonista em O Grande Gatsby (The Great Gatsby, 1974), mas acabou sendo preterida por Mia Farrow. Em 1995, quando publicou suas memórias, Faye deu ao livro o título de "Procurando Gatsby".

Apesar de perder o papel desejado, acabou estrelando outro grande marco em sua carreira, Chinatown (Idem, 1974). Alli McGraw, a estrela de Love Story (Idem, 1970) é quem havia sido escalada originalmente, mas após se separar do produtor Robert Evans, acabou sendo substituída. Faye e o diretor Roman Polanski brigaram muito durante a produção, mas mesmo assim a atriz considera este um dos melhores trabalhos de sua carreira.

Por este trabalho, recebeu sua segunda indicação ao Oscar, foi indicada ao Globo de Ouro e ao Bafta, na Inglaterra.

Faye Dunaway em Chinatown

Ainda em 1974 a atriz atuou ao lado de um elenco estrelar na mega produção Inferno na Torre (The Towering Inferno, 1974), um dos maiores sucessos de bilheteria da década de 1970. Faye emendava sucessos, sempre muito elogiada, e também brilhou no thriller político Três Dias do Condor (Three Days of the Condor, 1975).

Paul Newman e Faye Dunaway, em Inferno na Torre


Os críticos ficaram deslumbrados com o desempenho da atriz em Rede de Intrigas (Network, 1976), um filme contudente sobre os bastidores da indústria da televisão. Aclamada pelo seu talento, Faye Dunaway enfim ganhou seu Oscar pelo papel.

Faye Dunaway em Rede de Intrigas

Surpreendentemente, sua carreira começou a decair após receber um Oscar. Faye fez escolhas erradas, atuando em filmes pouco expressivos como A Viagem dos Condenados (Voyage of the Damned, 1976) e Os Olhos de Laura Mars (Eyes of Laura Mars, 1978), e recusou atuar em em obras como Júlia (Julia, 1977), que deu o Oscar para Vanessa Redgrave, e Trama Macabra (Family Plot, 1976), de Alfred Hitchcok.

Faye ainda atuou em um grande sucesso, o dramalhão O Campeão (The Champ, 1979), mas apesar do bom desempenho do filme, o papel da mãe indiferente pouco chamou atenção. E interpretar a esposa de Frank Sinatra no esquecido O Primeiro Pecado Mortal (The First Deadly Sun, 1980) também não ajudou na sua carreira.


Faye Dunaway e Ricky Schroder em O Campeão


E então veio Mamãezinha Querida (Mommie Dearest, 1981), onde Faye interpretou a antiga estrela de cinema Joan Crawford, numa caracterização incrível. O filme era baseado no livro best seller de Christina Crawford, filha adotiva de Joan, e mostrava a atriz desequilibrada, alcóolatra, violenta, e abusiva.

Leia mais sobre Christina Crawford, e sua relação com a mãe, aqui.

Faye Dunaway como Joan Crawford, em Mamãezinha Querida

Mas o filme foi duramente criticado, considerado exagerado nas atuações. A cena de Faye gritando "Nunca use cabides de arames" tornou-se uma piada que fazia rir nos bastidores de Hollywood.

Faye Dunaway ganhou um Framboesa de Ouro de pior atriz naquele ano, mas ao longo dos anos a produção kitsch tornou-se cult.


Mamãezinha Querida abalou a carreira da estrela, e obscureceu seus projetos seguintes. Faye acabou tendo que recorrer a televisão, onde estrelou outra biografia, Evita Peron (Idem, 1981).

Faye Dunaway como Evita Perón

Desanimada com os rumos de sua carreira no cinema, retornou a Broadway, e em 1982 mudou-se para Londres com seu segundo marido, o fotógrafo Terry O'Neill, com quem havia se casado recentemente. Seu primeiro marido foi o cantor Peter Wolf, vocalista da banda The J. Geils Band.

Faye Dunaway fez poucos filmes nos anos seguintes, e seu maior destaque cinematográfico na década de 1980 foi uma participação em Supergirl (Idem, 1984). 

Faye Dunaway e Helen Slater em Supergirl


Em 1984 Faye estrelou a série de televisão Ellis Island (1984), que lhe rendeu um Globo de Ouro, e selou a paz entre a atriz e os críticos. Mas sua carreira nunca mais foi a mesma, embora o respeito a sua trajetória tenha sido recuperado.

Faye foi muito elogiada ao interpretar uma alcóolatra decadente em Barfly: Condenados Pelo Vício (Barfly, 1987), e estava ótima como a gélida esposa de Robert Duvall em A Decadência de Uma Espécie (The Handmaid's Tale, 1990).

Faye voltou a ser destaque após atuar em Don Juan DeMarco (Idem, 1994), onde interpretou a esposa de Marlon Brando.


O filme abriu as portas para novos convites em filmes respeitados, como O Segredo (The Chamber, 1996) e Ciladas da Sorte (Albino Alligator, 1996). Por seu trabalho em Questão de Sensibilidade (The Twillight of the Golds, 1996), foi indicada ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild

Na televisão, ganhou um Emmy em 1993 por uma participação especial na série Columbo e em 1998 ganhou seu terceiro Globo de Ouro pelo papel da chefe de agências de modelo em Gia, Fama e Destruição (Gia, 1998), biografia da modelo Gia Carangi, estrelado por Angelina Jolie.

E em 1999 atuou em Thomas Crow, a Arte do Crime (The Thomas Crown Affair, 1999), remake de seu antigo sucesso Crown, o Magnífico.


Faye Dunaway e Angelina Jolie

Mas a década de 1990 também rendeu alguns problemas para a carreira da atriz. Originalmente escalada para viver Norma Desmond em Sunset Boulevar, ela foi demitida por Andrew Lloyd Webber, que declarou que ela não sabia cantar. Faye também protagonizou Master Class, sobre a vida de Maria Callas, mas teve problemas com direitos autorais, e teve que encerrar a produção, e responder um processo judicial. Além disto, a série It Had to be You, que ela tentou estrelar com Robert Urich, foi cancelada antes de estrear.

Em 2000 recusou atuar em outro filme consagrado, Réquiem Para Um Sonho (Requiem for a Dream, 2000). Ellen Burstyn, que ficou com o papel, foi indicada ao Oscar pelo trabalho. Seus filmes seguintes tiveram pouco destaque, com exceção talvez de Caminho Sem Volta (The Yards, 2000) e Regras da Atração (The Rules of Attaction, 2002).

Muitos de seus projetos mais recentes foram produções de estúdios menores, ou participações em séries de televisão, como Grey's Annatomy.

Faye Dunaway em Grey's Anatomy

Recentemente esteve no terror Nunca Diga Seu Nome (The Bye Bye Man, 2017) e no drama Em Defesa de Cristo (The Case for Christ, 2017). E no ano de 2017, ao lado de Warren Beatty, protagonizou uma gafe no Oscar, ao abrir um envelope errado e anunciar erroneamente La La Land como o vencedor de melhor filme da noite.

Faye Dunaway em Nunca Diga o Seu Nome


Em 2018, aos 77 anos de idade, tornou-se modelo da grife Gucci. (Já contamos está história aqui). E no ano seguinte foi demitida da peça Tea at Five, após discutir com membros da equipe. Ela ainda responde a um processo judicial por este trabalho, e tem novos projetos engatilhados, com filmes para estrear ainda este ano.

Dunaway interpretava outra atriz lendária, Katharine Hepburn, na peça. Ao que parece, interpretar antigas estrelas de Hollywood não dão boa sorte a Faye Dunaway.

Em 2021 ela atuou no filme italiano L'Uomo Che Disegnò Dio (2021), dirigido pelo ator Franco Nero e também fez parte do elenco de The American Connection (2021).

Faye Dunaway em Tea of Five







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4 Comentários

  1. Faye Dunaway, loura e belíssima diva e sex symbol americana cinematográfica e mundial de Hollywood eternamente linda e talentosa ao extremo para todo o sempre. Amém.

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  2. Excelente trabalho editorial este Memórias Cinematograficas. Informações importantes que a gente desconhecia..

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  3. Faye está impecável em Chinatown aliás todo o elenco John Huston Jack nichoson

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