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Robert Francis, o "James Dean da Columbia", também partiu muito cedo


Sempre que surgia um grande astro, outros estúdios tentavam criar um rival para atuarem em suas produções. Existiram "novos Valentinos", "novas Garbos", "novas Monroes" e Robert Francis foi a tentativa da Columbia de criar um "novo James Dean", astro rebelde da Fox.

Francis nunca chegou a ter a fama de Dean, mas como o ator de Juventude Transviada (Rebeld Withouth Cause, 1954), fez poucos filmes, e faleceu muito jovem, com apenas 25 anos de idade. 

Robert Francis


Robert Charles Francis nasceu em Glendale, Califórnia, em 26 de fevereiro de 1930. Francis era um bom aluno e um excelente esquiador, tanto que durante a maior parte de sua adolescência ele sonhou em se juntar à equipe olímpica dos EUA. Mas o destino tinha outros planos para o rapaz.

Enquanto se bronzeava em uma praia de Santa Monica, ele foi descoberto por um caçador de talentos de Hollywood que o convenceu de ele deveria tentar se tornar um ator.


Após terminar os estudos, ele começou a tomar aulas de teatro, que foram interrompidas para ele servir ao exército por dois anos. Ao dar baixa, ingressou em outra escola de teatro, e seu professor conseguiu para ele um teste na Columbia Pictures.

Harry Cohn, o temido produtor da Columbia, procurava um jovem astro para rivalizar com a sensação James Dean, lançado pela Fox. Francis fez um teste forte, explosivo, e Cohn achou que o belo rapaz era perfeito para ser a nova estrela juvenil do estúdio. 

Mas a Columbia não tinha nenhum roteiro sobre jovens rebeldes no momento, e Robert Francis estreou como um reservado militar em A Nave da Revolta (The Caine Mutiny, 1954), estrelado por Humphrey Bogart. Francis tinha um papel de grande destaque no filme.

José Ferrer, Humphrey Bogart e Robert Francis em A Nave da Revolta


No filme, ele fazia par romântico com a atriz May Wynn, outra promessa do estúdio. Eles tiveram um breve relacionamento, e a publicidade em torno do casal nas páginas de revistas de fofocas fez sua popularidade aumentar. A revista de cinema Screen World elegeu Robert Francis como "o ator mais promissor do ano".

Francis foi o protagonista de seu filme seguinte, o western Traição Heroíca (They Rode West, 1954), onde fazia par romântico com a estrela Donna Reed. May Wynn também estava no elenco.

Donna Reed e Robert Francis em Traíção Heroica

Francis ainda estrelou o noir Atrás da Cortina de Bambu (The Bamboo Prison, 1954) e atuou em A Paixão de uma Vida (The Long Gray Line, 1955), super produção dirigida por John Ford e estrelada por Tyrone Power e Maureen O'Hara.

A Paixão de uma Vida estreou no dia 31 de julho de 1955, quatro meses depois da morte do ator. Nos quatro filmes que atuou, o talentoso galã nunca viveu um rebelde como Dean, pelo contrário, ele interpretou comportados militares em todos eles.

 Robert Francis e Betsy Palmer em A Paixão de uma Vida

Robert Francis sempre foi apaixonado por aviação. Isso fez com que ele se aproximasse do excêntrico produtor Howard Hughes, que amava aviões e mulheres bonitas. Os dois voavam juntos frequentemente, e Francis constantemente pilotava os aviões de Hughes. Mas Harry Cohn obrigou o rapaz a se afastar do produtor rival, já que Hughes era da RKO.

O ator Joe Kirkwood Jr., que interpretava o lutador Joe Palooka em comédias de muito sucesso na Columbia, então convidou Francis para conhecer o avião recém adquirido. O jovem ator embarcou na aeronave, junto com George Meyer (sócio de Kirkwood) e a atriz Ann Russell, recém contratada do estudio, e que ainda não havia feito nenhum filme. Mas o avião teve problemas logo após a decolagem.

Em queda, Robert Francis ainda conseguiu desviar o avião de uma multidão em um parque, caindo em um estacionamento que estava vazio. Os três passageiros faleceram na hora. Francis tinha apenas 25 anos, e Ann Russell 24.

Dois meses depois, James Dean, a quem Francis deveria rivalizar, faleceu em um acidente de carro, aos 24 anos de idade. A curta filmografia e as breves vidas foram as únicas semelhanças reais em suas carreiras.


Robert Francis havia sido emprestado para a MGM, o maior estúdio da época, onde estrelaria Honra a um Homem Mau (Tribute to a Bad Man, 1956), com James Cagney e Irene Papas. Mas ele faleceu uma semana antes das filmagens começarem, e acabou sendo substítuido por Don Dubbins, um jovem ator que nunca chegou a vingar.


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