Morreu a atriz Mai Tai Sing, aos 94 anos

Morreu aos 94 anos a atriz Mai Tai Sing, que atuou em filmes como A Princesa e os Bárbaros (The Golden Horde, 1951), Lábios que Mentem (Forbidden, 1953) e Strange Portrait (1966), este último ao lado de Jeffrey Hunter, com quem ela namorou.

May Tsang nasceu em Oakland, Califórnia, em 22 de novembro de 1923. Filha de chineses, ela nasceu nos Estados Unidos, mas ainda criança foi morar em Hong Kong. Aos 14 anos retornou aos EUA com a família.

Mai começou a trabalhar como garçonete na boate Forbiden Citty (Cidade Proibida), em Chinatown. O clube de temática oriental, era o palco para os grandes cartazes orientais da cidade, e atraia muitos turistas e celebridades. Mai tornou-se corista na casa.

Lá, conheceu Wilbur e Jessie Tai Sing, uma dupla dançarinos. Mais tarde, ela substituiu Jessie, e passou a fazer dupla com Wilbur, com quem se casou em 1942.

Wilbur e Mai Tai Sing

Em 1951 ela estreou no cinema, como uma dançarina exótica no filme A Princesa e os Bárbaros (The Golden Horde, 1951), uma produção da Universal estrelada por Ann Blyth e David Farrar. Depois ganhou um papel de destaque em Lábios que Mentem (Forbidden, 1953), estrelado por Tony Curtis e Joanne Dru, ainda na Universal.

Mai Tai Sing em A Princesa e os Bárbaros

Ela ainda atuaria em séries de televisão como The New Adventures of China Smith (1954) e teve um papel fixo na série Hong Kong (1960-1961), estrelada por Rod Taylor.

Mai Tai Sing e Rod Taylor em Hong Kong

Em 1966, já separada de Wilbur, ela começou a namorar o astro Jeffrey Hunter, que já estava entrando em decadência. Sem emprego em Hollywood, Hunter foi para à Europa em busca de trabalho, e chegou a fazer um filme em Singapura, chamado Strange Portrait (1966). Mai, sua namorada na época, contracenou com ele.

Na década de 70 abandonou a carreira, indo morar no Havaí. Em 1975 ela ainda atuaria em um episódio de Hawaii Five-0, depois passou a trabalhar como hostess de um restaurante em Honolulu, até se aposentar em 2003.

Em 1988 ela gravou um depoimento pro documentário Forbiden City (1988), sobre os artistas orientais que trabalharam na casa de espetáculos.