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Tatyana Samoylova, a Audrey Hepburn Russa


Quando o filme russo Quando Voam as Cegonhas (Letyat Zhuravli, 1957) ganhou a Palma de Ouro em Cannes de melhor filme em 1959, imediatamente chamou a atenção mundial, fazendo dele um sucesso internacional. O drama do casal separados pela Segunda Guerra comoveu o mundo, e revelou ao ocidente o casal de atores soviéticos Aleksey Batalov (vencedor do prêmio de melhor ator no mesmo festival) e Tatyana Samoylova, que também foi premiada com uma menção especial do do juri. O talento, a delicadeza e a  beleza de Tatyana chamaram a atenção dos críticos, que a apelidaram de "A Audrey Hepburn Russa". 


Tatiana Yevgenyevna Samoilova nasceu em Leningrado, em 04 de maio de 1934, e era a filha única do ator Yevgeny Samoilov, muito respeitado na União Soviética.

Ela estudou balé e música, e frequentou o Teatro de Música Stanislavsky e Nemirovich-Danachenko, onde fez balé. Tatyana recusou uma vaga no tradicional balé de Bolshoi, para estudar interpretação. Como atriz, estreou no filme O Mexicano (Meksikanets, 1956).

No ano seguinte, ganhou o papel de Veronika no drama de guerra Quando Voam as Cegonhas (Letyat Zhuravli, 1957) , que foi o grande vencedor do Festival de Cannes. Tatyana foi agraciada com uma menção honrosa no festival, e foi indicada a diversos prêmios internacionais importantes, como o Bafta, na Inglaterra.

 Aleksey Batalov e Tatyana Samoylova em Quando Voam as Cegonhas


Martine Carroll, Tatyana Samoylova e Gina Lollobrigida no Festival de Cannes

Pablo Picasso e Tatyana Samoylova, em Cannes

Quando Pablo Picasso conheceu a atriz em Cannes, lhe disse "logo você vai estar dirigindo um carro em Hollywood". A previsão quase se tornou real, porque a atriz recebeu diversos convites para filmar nos Estados Unidos, bem como no cinema europeu. No entanto, ao voltar para casa, soube que o governo soviético havia proibido que ela atuasse no exterior, pois não tinha terminado os estudos.

A atriz não teve oportunidade de colher os louros da fama. Ela foi demitida do Teatro Mayakovsky, e ficou desempregada por anos. Os papéis no cinema também encolheram, assim como toda a produção russa no período da década de 60.

Ela atuou ainda em A Carta que Não Se Enviou (Neotpravlennoe Pismo, 1960) e em fez Italiani brava gente (1964), uma co-produção entre a União Soviética e Itália, dirigida por Guiuseppe de Santis, e que tinha os americanos Arthur Kennedy e Peter Falk no elenco.

Em 1967 ela estrelou outro sucesso do cinema soviético, Anna Karenina (1967), baseado no livro de Leon Tolstói.



Após atuar em mais três filmes na década de 70, afastou-se da vida artística, tornando-se bastante reclusa, mas mesmo assim permaneceu sendo uma das atrizes mais populares e queridas entre o público de seu país. Em 1993 ela foi agraciada como título de Artista do Povo da Rússia, uma das maiores honrarias locais.

Na década de 2000 ela voltou a atuar, e em 2008 fez seu último filme, Nirvana (2008).

A atriz morreu no dia 04 de maio de 2014, dia em que completava 80 anos de idade.





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