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Por Onde Anda? A atriz Patricia Mayo

Dênis Carvalho e Patricia Mayo, na novela Antônio Maria (1968)

Patricia Mayo ficou marcada por interpretar diversas mocinhas ingênuas em inúmeras novelas da TV Tupi, e foi uma das protagonistas de Como Salvar Seu Casamento (1979), a última (e inacabada) novela exibida pela extinta emissora.


Patrícia Mayo é o nome artístico de Rosa Maria Rego Monteiro Olegário da Costa, nascida no Rio de Janeiro, no dia 06 de dezembro de 1944. Vinda de uma família artística, ela é filha do radialista Gastão do Rego Monteiro e da cantora Guiomar Santos, e sobrinha do cantor e famoso pierrô do carnaval carioca Zacharias do Rego Monteiro.

Guiomar Santos e Gastão do Rego Monteiro
Zacharias do Rego Monteiro

Patricia iniciou sua carreira a convite do diretor Geraldo Vietri, que a escalou para atuar no programa TV de Comédia, na TV Tupi, aos 16 anos de idade. Seu primeiro galã, no programa TV de Vanguarda, foi o jovem ator Tarcísio Meira, também começando na carreira. Mas sua primeira novela, A Cabeçuda (1961), foi feita na TV Cultura, então emissora pertencente ao grupo Diários Associados, de Assis Chateubriand.

Patricia Mayo e Suzana Vieira no TV de Vanguarda, 1963

Mas sua primeira novela diária foi O Segredo de Laura (1964), escrita por Vida Alves. Na Tupi, Patricia atuou em diversas novelas, onde encantava o público com seu jeito meigo, carisma e talento.

Patricia Mayo e Vida Alves

Na Tupi, Patrícia atuou em novelas como A Estranha Clementine (1962), O Mestiço (1965), A Cor de Sua Pele (1965), O Pequeno Lord (1967), Antônio Maria (1968), O Rouxinol da Galileia (1968), Super Plá (1969), As Bruxas (1970), Simplesmente Maria (1970), A Fábrica (1971), Rosa dos Ventos (1973) e Como Salvar Meu Casamento (1979).

Patrícia Mayo e Nicete Bruno em Como Salvar Meu Casamento 

Patrícia também foi escalada para viver a Adelaide no sucesso Éramos Seis (1977), mas como estava grávida, acabou sendo substituída pela atriz Carmen Monegal. Porém, uma fotografia sua aparecia na abertura da novela, exibida do primeiro ao último capítulo. O mesmo aconteceu com a atriz Wanda Estefânia. (Veja Patrícia Mayo na abertura da novela, em 1:10).




No cinema, atuou em apenas dois filmes, Uma Pistola Para Djeca (1969) e O Grande Xerife (1972), ambos ao lado do comediante Mazzaropi. Ela aparecia cantando em Uma Pistola para Djeca, porém, a voz que ouvimos, na verdade, era da cantora Silvana, de quem a mãe de Mazzaropi era fã.


Patrícia Mayo e Mazzaropi

Sua mãe, Guiomar Santos, além de cantora, foi atriz no Serviço Nacional de Teatro (SNT), de Eros Volusia, e protagonizou a peça Casinha Branca da Serra (1941) e fez muitos papéis no Rádio Teatro, além de participar das transmissões experimentais da televisão brasileira, feitas em 1939. Já seu pai,  Gastão do Rego Monteiro, foi pioneiro do rádio brasileiro (ele iniciou em 1933), foi diretor da Rádio Club do Brasil, onde revelou nomes como Carmélia Alves. No cinema, Gastão esteve em Asas do Brasil (1939), filme feito por Raul Roulien, que foi destuído em um incêndio antes de ser lançado, e dublou o apresentador do circo, no clássico Dumbo (Idem, 1940), da Disney.

Com o fechamento da Tupi, Patrícia afastou-se da carreira, para dedicar-se a criação das filhas. Mas em 1996 a atriz retornou as novelas, agora no SBT, onde atuou em Razão de Viver (1996). Na emissora, participou ainda de Pequena Travessa (2002), Canavial de Paixões (2003), Seus Olhos (2004), Cristal (2006), Amor e Revolução (2011) e Carrossel (2013).


Em 2005 também participou da webnovela Umas & Outras, exibida pela AllTV, ao lado da também pioneira Lisa Negri.

Não costumo falar de mim por aqui, mas faço aqui uma exceção. Na época, eu fazia a direção de arte desta obra, e foi quando conheci esta querida amiga chamada Patrícia Mayo (e a também querida e saudosa Lisa Negri).

Patricia Mayo, Diego Nunes (o autor desta página) e Elmo Francfort em Umas & Outras

Eu (Diego Nunes), Patricia Mayo, Lisa Negri, Eurico Neiva e Fábio Tomasini no lançamento do meu livro, Salomé Parísio, O Rouxinol do Norte (2013).

Em 2016 Patrícia fez sua primeira vilã, a Tia Elza em Escrava Mãe (2016), na TV Record. Recentemente, ela retornou a televisão como a avó de Bento (Davi Campolongo) na novela As Aventuras de Poliana (2019), no SBT.

Patrícia Mayo em Escrava Mãe

Patrícia Mayo e Davi Campolongo em As Aventuras de Poliana

Em Outubro de 2021 ela também fez uma pegadinha especial infantil no SBT, onde encarnou a doce Dona Benta em um especial que comemorava o centenário do primeiro livro do Sítio do Pica Pau Amarelo. Curiosamente, Patricia estreou na televisçao na década de 1950 pelas mãos de Lúcia Lambertini, a primeira boneca Emília da televisão brasileira.


Patricia Mayo como Dona Benta




Atualmente, a atriz mora no litoral de São Paulo.

* Patrícia Mayo não é parente da atriz Theresa Amayo, que também fez muitas novelas e filmes brasileiros.

Ana Rosa e Patrícia Mayo em O Mestiço




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