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Morreu Paixão Cortês, o guardião do folclore gaúcho, aos 91 nos


Paixão Côrtes foi um dos maiores nomes na preservação das tradições do folclore do Rio Grande do Sul. O Folclorista compositor, radialista e pesquisador gaúcho faleceu em Porto Alegre, e 27 de agosto de 2018, aos 91 anos de idade.


João Carlos D'Avila Paixão Cortês nasceu em Santana do Livramento, em 12 de julho de 1927.

Em 1948, o então aluno do Colégio Júlio de Castilhos fundou um grupo tradicionalista, cuja missão era resgatar a cultura gaúcha. Junto com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva, realizou diversas viagens pelo interior do Rio Grande do Sul, gravando músicas e registrando histórias do folclore local.


O grupo fundou o CTG 35 (Centro de Tradições Gaúchas) em 1948, e em 1953 fundou o Conjunto Folclórico Tropeiros da Tradição.

Em 1953 começou um importante programa na Rádio Gaúcha, chamado Festa no Galpão. Em 1955 passou a apresentar em Grande Rodeiro Coringa.

Em 1954 posou para o escultor Antônio Caringi, que usou Paixão Cortês como modelo para a estátua O Laçador, que em 1992 foi eleita o símbolo da cidade de Porto Alegre.

O Laçador

Em 1957 Walter George Durst foi ao Rio Grande do Sul filmar Paixão de Gaúcho (1957), baseado no romance O Gaúcho, de Machado de Assis. O filme era estrelado pelo ator, também gaúcho, Alberto Ruschel, astro de renome internacional desde que protagonizara o sucesso O Cangaceiro (1953). No elenco ainda o ator Lima Duarte.

Barbosa Lessa e Paixão Cortês foram contratados como consultores, e também apareceram no filme, durante um número musical. Paixão dança, com o Grupo Folclórico Brasileiro A Dança do Anú, composta por ele e Lessa.

Paixão Cortês e grupo de dança no filme Paixão de Gaúcho


Ele ainda faria mais um filme, também rodado no Rio Grande do Sul. Em 1971 o premiado diretor Anselmo Duarte adaptou para o cinema Um Certo Capitão Rodrigo (1971), de Érico Veríssimo. Paixão Cortês interpretou Pedro Terra na obra.

Paixão Cortês e Francisco di Franco em Um Certo Capitão Rodrigo

Em 1958 ingressou no grupo Os Galdérios, que se apresentou na famosa casa de espetáculos Olympia, em Paris. As apresentações foram um grande sucesso, e foram assistidas por astros como Charles Trennet e Mario Lanza.

Os Gaudérios, no Olympia (Paixão Cortês é o segundo à esquerda)

O conjunto chegou a se apresentar, como convidados, do famoso concurso Eurovisão, e também fez inúmeras apresentações na televisão francesa.

O grupo se apresentando na TV francesa

De volta ao Brasil, foi convidado por Mauricio Sirotsky para apresentar o programa Festança na Querência, na Rádio Gaúcha, que ficou no ar até 1967.

Paixão Cortês teve muitas  músicas (compostas ou recolhidas por ele) gravadas pela cantora Inezita Barroso e pelo Conjunto Farroupilha, e escreveu diversos livros registrando a cultura rio grandense.

Inezita Barroso cantando Balaio


Paixão Cortês estava internado há alguns dias devido a uma queda, onde fraturou o fêmur. Ele faleceu em 27 de julho de 2018, aos 91 anos.

Capitão Furtado e Paixão Cortês, dos grandes nomes do folclore brasileiro no Rádio

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