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Morre a atriz e cantora Jane Birkin, aos 76 anos de idade



A cantora, atriz e modelo inglesa Jane Birkin morreu neste domingo, em sua casa em Paris, aos 76 anos, segundo o jornal "Le Parisien". As causas da morte ainda não são conhecidas, mas ela havia cancelado shows recentemente por problemas de saúde.

Nascida em Londres em 1946, Jane foi uma das mulheres mais famosas da década de 1960 e 1970. Seu estilo e personalidade marcante inspiraram a grife Hermès a criar uma bolsa com seu nome, que até hoje é uma das peças-desejo mais famosas da marca.

Sua carreira no cinema começou com pequenos papéis em filmes de Michelangelo Antonioni, como "Blow-Up" (1966) e "Caleidoscópio" (1966). Ganhou projeção, no entanto, quando estava gravando "Slogan", com o músico e diretor Serge Gainsbourg. Os dois começaram um relacionamento amoroso a partir daí e formaram um dos casais mais celebrados da época. Em 1969, gravaram um disco juntos, Jane Birkin/Serge Gainsbourg, e a faixa "Je t'aime... moi non plus", com sussurros que simulavam orgasmos, foi topo das paradas e alvo de controvérsia na época, sendo proibida de tocar em rádios de diversos países. Em 1971, os dois tiveram uma filha, Charlotte Gainsbourg, também cantora e atriz, e o relacionamento acabou em 1980.

Jane Birkin e Serge Gainsbourg no Festival de Cannes em 1976 — Foto: Arquivo AFP
Jane Birkin e Serge Gainsbourg no Festival de Cannes em 1976

Jane Birkin atuou em diversos outros filmes, como "Morte Sobre o Nilo" (1978), "Assassinato num Dia de Sol" (1982), "La pirate" (1984), "A Bela Intrigante" (1991), "A Soldier's Daughter Never Cries" (1998), "Merci Docteur Rey" (2002). Em 2007, fez sua estreia como diretora no filme "Caixas", em que atuou ao lado de Geraldine Chaplin, filha de Charles Chaplin. Na época, inclusive, veio divulgá-lo no Festival do Rio.

— Eu nunca vou esquecer como o Festival do Rio foi caloroso comigo. Logo, esta é a chance que eu tenho para dizer “Obrigada!” — disse Jane, em 2008, em entrevista ao GLOBO, época em voltou ao Brasil para um show na cidade.

O roteiro de "Caixas", escrito pela própria Jane, é inspirado na vida dela e conta a história de uma mulher, três amores passados e três filhas. Assim como a personagem principal do longa, a franco-britânica teve três relacionamentos importantes. Primeiro com o músico John Barry, com quem teve a fotógrafa Kate Barry em 1967, que morreu em 2013. Depois, com Gainsbourg, pai de Charlotte Gainsbourg, nascida em 1971 e que hoje segue os passos da mãe. Após se separar de Gainsbourg, descrito como um violento alcoolista ("um homem muito difícil", Jane disse à revista "Russh",em 2020), ela conheceu o diretor Jacques Doillon. Os dois começaram um relacionamento e dele nasceu Lou Doillon em 1982, que também é cantora, atriz e modelo.

Na carreira musical, Jane gravou, ao todo, 14 álbuns de estúdio, o último deles, "Oh! Pardon tu dormais", em 2020. Em 2017, lançou "Birkin/Gainsbourg: Le symphonique", um tributo à parceria musical da dupla, com canções que ele escreveu para ela durante e depois do relacionamento deles.

Em 2010, Jane colaborou com Sergio Dias, ex-integrante dos Mutantes, no álbum "We Are the Lilies". Juntamente com o francês Tahiti Boy e a banda The Palmtree Family, o brasileiro convidou Iggy Pop e Jane para estrelarem uma faixa cada.



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